Sem muito alarde, a Netflix estreou a série Anne with an E que, em poucos dias, conquistou uma legião de fãs. Em sete episódios da primeira temporada, lançada na semana passada, a trama conta a história da adorável órfã Anne Shirley (Amybeth McNulty), que, por engano, chega à casa de um casal de irmãos solteiros e sem filhos. Marilla (Geraldine James) e Matthew Cuthbert (R.H. Thomson) pretendiam adotar um menino para ajudar nas tarefas da propriedade rural onde vivem.
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Leve, a série também toca em pontos fortes, como igualdade de gênero, bullying e relação homoafetiva entre mulheres, e em temas de menos impacto mas que, na época em que se passa a produção, eram tabus, como menstruação e adoção. Baseada no livro Anne of Grenn Gagles (1908), de L. M. Montgomery, é um programa para a família toda. A história lembra as de Heidi e Pollyanna, também órfãs otimistas.
Na Ilha do Rei Eduardo, no Canadá do fim do século 19, Anne, 13 anos, mal pode acreditar que terá um lar. Na viagem de trem para Green Gables, se belisca para ter certeza que é realidade. Na estação, Matthew encontra a menina e não tem coragem de desfazer o mal-entendido. Na casa, Marilla é resistente à presença de Anne. Mas, com o passar dos dias, ela se encanta com a menina, que é aceita como membro da família e ganha o sobrenome Cuthbert.
A imaginação e a esperteza de Anne são pontos altos da série, além da relação de afeto entre ela e os novos “pais”. Aos poucos, a menina quebra a desconfiança do povo de Avonlea. Ela evita que um incêndio tome proporções assustadoras, salva uma criança doente e ajuda a impedir a falência da propriedade da família. O primeiro episódio tem uma hora e 30 minutos e se assemelha a um filme, com um final em aberto. Os outros seis episódios têm cerca de 45 minutos cada.