Desde a estreia, em 2015, Mister Brau é vendida como uma comédia que toca em pontos polêmicos. Portanto, nunca foi surpresa que assuntos como racismo, preconceito e machismo fossem abordados. Mesmo assim, o grande mérito da trama criada por Jorge Furtado é justamente inserir esse debate em meio a um texto leve, cheio de humor e música. A repercussão costuma ser mais positiva quando feita dessa forma.
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Mister Brau é a primeira série brasileira que coloca personagens negros como protagonistas. Lázaro Ramos e Taís Araújo são as estrelas do programa. Em termos de representatividade, é um grande avanço que os personagens dos dois, Brau e Michele, sejam pessoas talentosas, que conseguiram fama e dinheiro por seu trabalho. Quer dizer, a maneira como a história os apresenta também difere do que estávamos acostumados a assistir. O discurso agora é outro. Tanto que Lázaro e Taís ganharam ainda mais projeção e são considerados "influencers". Estão nas capas de revistas, na TV, no cinema, nas redes sociais. O público quer vê-los e ouvi-los. Tornaram-se exemplo a serem seguidos.
A série voltou ao ar para seu terceiro ano na última terça-feira, e desta vez vai inserir novos temas que prometem gerar discussões, como adoção e bullying entre crianças. A família vai ser o ponto central desta vez. Brau e Michele vão adotar os irmãos Egidio (Leonardo Lima), Carlito (Sergio Ruffino) e Lia (Brunna Oliveira). Nesta terceira temporada, acompanharemos os conflitos que essa nova realidade vai causar na vida dos artistas e das crianças.
Bom momento no horário nobre
O Jornal Nacional passa por uma grande fase. No acumulado do primeiro trimestre do ano, o jornalístico voltou a registrar média superior a 32 pontos na Grande Porto Alegre, segundo dados da Kantar Ibope. Desde 2013, esse índice não era registrado.
Em março, chegou à casa dos 35 pontos. Situação semelhante está sendo verificada nas duas maiores praças do país (Rio de Janeiro e São Paulo). O cenário político-econômico é um dos motivos principais para esse desempenho. O bom momento das novelas das sete e das nove também conta a favor do jornal comandado por William Bonner e Renata Vasconcellos.
Melhor da semana
Os Dias Eram Assim tem na ambientação histórica seu ponto forte, mas o conjunto todo da trama escrita por Angela Chaves e Alessandra Poggi é ótimo. Do elenco afinado, com destaque para Antonio Calloni, ao uso das imagens de arquivo da Globo para compor as sequências, a supersérie promete ser uma atração de qualidade até o fim.
Pior da semana
A escalação de Fiuk como um dos protagonistas de A Força do Querer é um dos poucos pontos negativos da novela de Glória Perez. O ator/cantor e filho de Fábio Júnior ainda não tem a densidade artística que o horário exige. O resultado disso é ele ser a ponta fraca do triângulo amoroso formado com Isis Valverde e Marco Pigossi.