Já que esta é a última coluna do ano, vou lançar uma ideia para começar 2017 mais leve. É o seguinte: assim como roupas e outros objetos, às vezes é preciso desapegar das séries. Daquelas a que você só assiste por inércia, daquelas que já não estão mais funcionando. Você não precisa ir até o fim, camarada. Se está ruim, é melhor substituir por algo novo e melhor. Renovar.
Pense aí nas suas séries: quais são as que você fica ansioso para ver? Tem alguma que te empolgava e, hoje, tanto faz? Tem alguma que se perdeu? Chega de dar chance, é hora de dizer tchau.
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A minha lista de desistências é longa. Entre as várias dos últimos tempos, estão dois dramas da produtora Shonda Rhimes. Scandal foi a primeira. O seriado protagonizado por Kerry Washington começou matador, acompanhando o trabalho de Olivia Pope e seus gladiadores na administração de crises dos poderosos norte-americanos. Com o tempo, porém, o mundo todo começou a girar em torno de Olivia – um exagero até mesmo para os padrões de Shonda. Sem contar aquela lenga-lenga com o presidente. Menos, né?
Já How to get away with murder, desde o início, não tinha muito estofo para durar mais do que uma temporada. Percebe-se que os produtores estão inventando histórias sem sentido para manter a série, que foi um sucesso, no ar. É ganância pura.
Já prevejo um monte de gente me xingando, mas preciso confessar: também desisti de The walking dead, na sexta temporada. Comecei a achar a trama repetitiva demais. A turma caminha, caminha, caminha, encara mil perrengues entre si e com os zumbis, aí encontra um lugar "seguro" para ficar. Lá pelas tantas, um vilão aparece para aterrorizar todo mundo. Um dos personagens principais morre, e a turma precisa procurar outro lugar para se estabelecer. Caminha, caminha, caminha... E assim por diante, não necessariamente na mesma ordem.
Outras séries que não fiquei para ver o fim: The good wife, Revenge, Person of interest. Séries que eu não deveria ter ficado até o fim: Dexter, Two and a half men.
Bom, agora é com vocês. Contem nos comentários: de que séries vocês desistiram?
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Criminal Minds alert!
Depois das saídas de Derek Morgan (Shemar Moore) e Aaron Hotchner (Thomas Gibson), estaria Spencer Reid (Matthew Gray Gubler) se preparando para deixar Criminal minds?
Calma: por enquanto, é só uma especulação! No último episódio deste ano, Reid pede um tempo fora do FBI para cuidar da mãe. Além disso, um novo agente, Stephen Walker (Damon Gupton), junta-se ao time do BAU. Seriam sinais do adeus?
Em uma série que sofreu perdas consideráveis no elenco principal em um curto espaço de tempo, a saída do personagem mais querido do público (Reid) poderia ser o prenúncio do fim.
"3%", uma oportunidade perdida
O vídeo que serviu de ponto de partida para 3%, primeira série brasileira da Netflix, era promissor. Em um futuro próximo, todos precisariam passar por uma seleção para se juntar à elite que vive uma boa vida em um paraíso chamado Maralto. Quem fracassasse viveria na miséria com os outros 97%.
Findos os oito episódios, liberados em 25 de novembro, só resta reconhecer que uma grande oportunidade foi perdida. Inicialmente, o roteiro é aceitável, mas do meio para o fim se torna sem pé nem cabeça. As ideias ficam todas soltas, nada se encaixa. Diálogos sofríveis e atuações abaixo da média também não ajudaram.