1) Bonito e simpático, com ascendência austríaca (por parte de mãe) e chinesa (por parte, obviamente, de pai), o paulista Leonardo Young, 30 anos, é, já faz tempo, o campeão de popularidade do programa. O pessoal adora curtir suas fotos no Instagram (como aquelas em que está passeando com seus cachorros ou fazendo esportes radicais ou curtindo a vida ao redor do mundo). A vitória coroaria o galã com um final feliz.
Mas, como muitos leitores fazem questão de lembrar sempre que eu abordo aspectos comportamentais dos candidatos, MasterChef não é um concurso de popularidade, mas de culinária.
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2) Afora os atributos naturais, o público pode ter acolhido Leo por conta de uma exclusão pelo grupo de competidores – entre os motivos, especula-se, estão o fato de o empresário ser bem de grana e de seu irmão, Gustavo Young, ser sócio e chef de um restaurante renomado. Ou seja: Leo "não precisaria" do MasterChef para fazer carreira.
Mas se os motivos forem outros? E se a exclusão por parte do grupo tiver sido motivada por uma falha de caráter? E se rolou alguma treta entre Leo e a galera (coisa que nunca soubemos, pois a edição do programa nunca mostrou)?
3) Leo já disputou 14 vezes a prova de eliminação. Ter sobrevivido é sinal de que ele sabe lidar com a pressão, sabe reverter o jogo.
Mas ter caído 14 vezes na fogueira também é sinal de que falta alguma coisa em seu prato. Até na célebre prova do ovo ele só foi se safar na última tentativa.
4) Leo, na comparação com Bruna, é mais criativo, mais ousado, e também compreende quando é hora de simplificar (vide suas sardinhas marinadas).
Mas Leo errou a mão em uma receita de família, o goulash que sua mãe faz, pondo em dúvida seu talento para uma cozinha mais afetiva – terreno em que Bruna parece mais à vontade.
5) Leo derrubou Lee. E fez isso da maneira mais saborosa, na prova do sorvete. Lee, todo pimpão, achou que iria gabaritar ao lançar mão de uma série de ingredientes e técnicas para fazer seu sorvete de morango. Leo, na raça, preparou sorvete de baunilha com crumble de maçã verde. Ganhou, chorou e derreteu corações.
Mas... Aqui não tem mas: quem derrubou a farsa do Lee merece minha torcida.
P.S.: Quem leu o texto sobre a Bruna deve ter pensado: ué, para quem o Ticiano está torcendo? Sinceramente, tanto faz. Só torço para que o último episódio não seja a chatice que foi o da temporada passada (vã esperança: já vi que teremos, de novo, a participação de tuiteiros...).
P.S. 2: nesta terça, tirei as crianças da sala para assistir à final. Ou melhor: eu saí da sala. Virei para a Redação de ZH, o que significa que meu comentário (o último comentário!) sairá do forno bem mais cedo. Se eu souber lidar com a pressão, publicaremos pouco depois do fim do programa.