O estilista, apresentador e político Clodovil Hernandes (1937-2009) era o tipo de homem que inspirava tudo, menos neutralidade, e as reações que ele provocava iam da devoção ao medo e à repulsa. Dono de um humor ácido, suas tiradas tanto podiam ser brilhantes como constrangedoras. "Clodovil era uma personagem dúbia: não é tão ruim quanto queriam pintá-lo, mas também não era uma Irmã Dulce - era só um homem comum que tentou fazer um monte de gente feliz, sendo ele mesmo muito triste", observa o jornalista e dramaturgo Bruno Cavalcanti, autor de Simplesmente Clô, monólogo que estreia no dia 20, no Teatro União Cultural.
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