O Ministério Público de São Paulo aceitou a denúncia de racismo contra o youtuber Júlio Cocielo por causa de postagens feitas pelo influenciador entre 2 de novembro de 2011 e 30 de junho de 2018, em sua maioria via Twitter. As informações são do G1.
A decisão foi da juíza Cecilia Pinheiro da Fonseca, titular da 3ª Vara Criminal do Fórum Criminal da Barra Funda. No Brasil, racismo é crime imprescritível, com pena de dois a cinco anos de prisão. Em até 10 dias, Concielo deve apresentar sua defesa e testemunhas do caso.
As acusações de racismo contra o youtuber ganharam os holofotes em junho de 2018, quando ele disse que o jogador de futebol francês Mbappé "conseguiria fazer uns arrastões top na praia".
Na época, Cocielo chegou a pedir desculpas por sua atitude, após uma onda de críticas e perda de seguidores e de patrocínios, que envolviam marcas como Coca-Cola e Itaú.
No período, o influenciador também apagou milhares de publicações antigas no Twitter, em meio ao escrutínio público. Em vídeo, afirmou que se envergonhava do que tinha compartilhado nas redes sociais:
— Hoje, eu leio tudo aquilo que postei e me sinto envergonhado. Foram coisas absurdas [...] Aceito todas as consequências. Porque fui imaturo, fui irresponsável. Eu era completamente diferente da pessoa que sou hoje.
Em 2018, o youtuber contava com 16,8 milhões de inscritos em seu canal CanalCanalha. Agora, os números chegam a 19,9 milhões, além de 6,28 milhões em seu canal pessoal. Seus vídeos ultrapassam frequentemente a maca dos milhões de visualizações.