Os mais jovens podem não se lembrar, mas Porto Alegre já comemorou muito Carnaval em suas ruas. O que há cerca de cinco anos é tendência na cidade mesmo entre quem não é fã de samba era tradição nos anos 1930 e 1940, em eventos que reuniam negros recém-libertos, imigrantes pobres e moradores dos bairros periféricos da cidade. Trazido como um misto de algazarra social e procissão religiosa pelos portugueses na virada do século 19, sob o nome de entrudo, o carnaval gaúcho já passou por salões, sambódromos e coretos – e hoje volta às praças e avenidas, em um movimento que encontra eco em tendências contemporâneas, como ocupação de espaços públicos, manifestações ao ar livre, socialização em torno da arte e bandeiras como diversidade sexual, igualdade racial e empoderamento por meio de movimentação cultural.
Pé no chão, pandeiro na mão
Como o Carnaval de Porto Alegre voltou para as ruas?
Em meio a debates e polêmicas, festa finca pé nas ruas da Capital, com proliferação de blocos
Gustavo Foster
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