Um dos principais atrativos do acervo do Museu Nacional, o meteorito Bendegó, ficou intacto após o incêndio que assolou o espaço cultural neste domingo (2). Conforme informações apuradas por O Globo, um segundo meteorito também foi considerado sobrevivente. A direção do museu, no entanto, ainda não consegue precisar o quanto foi perdido no local.
Considerado um dos maiores sedimentos de corpos extraterrestres do planeta, o Bendegó é capaz de suportar temperaturas superiores a mil graus Celsius, foi descoberto no sertão da Bahia em 1784 e é parte do acervo do Museu Nacional desde 1888. A peça não foi retirada, pois tem 5,36 toneladas. Também intacto está o meteorito de Santa Luzia, com 1,98 tonelada. Ambos são constituídos majoritariamente de ferro.
Em entrevista à AFP, a pesquisadora Maria Elizabeth Zucolotto conta que conseguiu entrar no Museu Nacional por volta das 9h desta segunda-feira (3) e salvou algumas peças da sala de meteoritos. Das 24 peças pequenas expostas, ela pode retirar 18, antes de sair com receio de a estrutura desabar.
– Tinha pedaços de reboco do teto caindo, precisei sair – disse.
Essas peças resgatadas devem ser levadas a outros prédios do museu, segundo ela. O acervo total da área de fragmentos de asteroides é composto por cerca de 400 peças de diversos tamanhos.