Finamente #sextou! E a sexta-feira anuncia também que o fim de semana está chegando. Que tal usar o sábado e o domingo para começar uma série nova?
Eu, Marina Pagno, da equipe do Arte Pop, da Rádio Gaúcha, estou aqui para comentar sobre três seriados de televisão para curtir o findi. Eles vão desde a comédia – daquelas de doer a barriga de tanto rir – até produções dramáticas e de muita ação. Confira!
One Day at a Time
Essa é uma das melhores séries de comédia que eu assisti nos últimos meses. One Day at a Time estreou na Netflix em janeiro, mas só agora, "zapiando" pelo catálogo, encontrei esse tesouro perdido.
O seriado é um remake da famosa série de mesmo nome produzida por Norman Lear em 1975. Agora, One Day voltou mais moderna, e com algumas modificações no enredo do seriado original.
A série conta a história da família Alvarez. Morando nos Estados Unidos, mas com descendência cubana, o grupo é comandado por Penélope (Justina Machado), uma ex-militar e enfermeira, que cuida dos dois filhos adolescentes com a ajuda da mãe, Lydia (Rita Moreno).
One Day at a Time é marcante porque, além de realmente ser engraçada, toca em assuntos da atualidade, como machismo, homofobia, imigração e até sobre o conflito de gerações e tradições de família, de uma forma séria e, por vezes, até irônica.
Além disso, One Day dá uma sobrevida ao formato conhecido no mundo da televisão como sitcom, com o uso do sistema multi-câmera, com cenas concentradas em poucos cenários e tendo a onipresença do telespectador, que a todo momento dá risada das piadas, mas nunca aparece na frente da câmera.
A primeira temporada de One Day at a Time tem 13 episódios e está disponível na Netflix. A série já está renovada para a segunda temporada. Confira o trailer aqui.
Atypical
Atypical é doce e divertida, apesar de falar sobre um assunto sério: o autismo. E é justamente por isso que o seriado da Netflix tem seus méritos.
A série conta a história de Sam, um adolescente de 18 anos. Ele é autista, e, como todo garoto da sua idade, começa a buscar uma certa Independência da família, capitaneada pelo desejo de ter uma namorada. Nessa busca por autonomia, o jovem acaba esbarrando na superproteção da mãe, Elsa.
Atypical é classificada como uma comédia, e investe muito em um humor leve para tratar das questões sociais envolvendo Sam. Ele que, como personagem principal, se apresenta ao telespectador com relatos em primeira pessoa em cada episódio, contando que gosta da Antártida e de pinguins, odeia barulho e, ao sentar no ônibus, não encosta as costas no banco por sentir aflição. É empolgante e de admirar com brilho no olho.
Atypical tem oito episódios de meia hora cada em sua primeira temporada.
Os Defensores
Para mim, Os Defensores é a melhor série já produzida na parceria Netflix+Marvel. No seriado, os quarteto de super-heróis nada convencionais se une para combater um inimigo comum - o Tentáculo - uma organização que pretende acabar com Nova York.
Desde 2013, nós temos o prazer de conhecer mais sobre as histórias em quadrinhos da Marvel nas telinhas, com as séries individuais dos Defensores. Demolidor (já com duas temporadas) e Jessica Jones (com uma completa e a segunda em gravação) foram espetaculares.
O seriado sobre Luke Cage (já renovado para a segunda temporada) deixou um pouco a desejar por ser muito lento. Já Punho de Ferro (também renovado para mais um ano) foi o grande alvo das críticas do público, principalmente por causa de Finn Jones, ator que interpreta Danny Rand, o papel principal da série. "Ele não tem perfil para ser o Iron First", diziam eles.
Pois em Os Defensores, a Netflix convocou o seu "chi" e juntou o advogado cego, a detetive bêbada, o ex-presidiário e o monge para dar um soco na cara de todos aqueles que duvidavam da capacidade da série. Até eu, que realmente não gostei muito da série do Punho de Ferro, tirei o chapéu para ele atuando com o quarteto. Além disso, o seriado é o que mais se aproxima da história relatada nos HQs, o que é um ponto super positivo para quem é fã dos comics.
Os Defensores tem seus méritos porque segue com a linha de que, apesar de terem super-poderes, os quatro personagens possuem seus dramas e problemas cotidianos, o que não os diferencia muito das "pessoas normais". E é justamente esses dramas próprios que levam o quarteto a se encontrar e se unir para combater um inimigo em comum.
Destaque também para a estética de Os Defensores: no primeiro episódio, acompanhamos as histórias individuais de cada um, como eles estão vivendo após o que foi mostrado nas séries individuais. As características próprias como luz, cores e trilha sonora de cada personagem são acentuadas. Por exemplo: uma fotografia mais avermelhada ao mostrar Matt Murdock sem seu uniforme de Demolidor, ou o ambiente boêmio e sombrio de Jessica Jones. Os quatro só se encontram, meio que do nada, lá pelo segundo e terceiro episódio.
Os oito episódios da primeira temporada de Os Defensores já estão disponíveis na Netflix. A renovação da série ainda não foi anunciada.