Se algum hóspede desavisado circulasse em um dos corredores do Hotel Deville, na manhã desta quinta-feira, em Porto Alegre, acharia que ali estava acontecendo um desfile de moda, tamanha era a circulação de homens e mulheres, na sua maioria com estilos alternativos, com saias, botas, meias-calças e barbas pra lá de estilosas.
Porém, aquele povo "diferente", como comentou, em voz baixa, uma mulher na recepção do hotel, participava da seletiva gaúcha para o Big Brother Brasil 18. E, para agradar à produção e ao diretor-geral do reality, Rodrigo Dourado, o visual é um dos detalhes mais importantes. Durante todo o dia, gaúchos previamente selecionados pela produção participaram de entrevistas e dinâmicas de grupo no local.
– Em uma sala, deixamos eles à vontade, com livros, revistas e música, para começar a entender um pouco do gosto de cada um, quem é mais reservado, quem é mais exibido. Depois, tem uma dinâmica de grupo e uma entrevista individual – explica Rodrigo, que coordena os trabalhos.
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Diversidade
Para selecionar os brothers da edição 2018 do reality, a trupe do BBB começou a visitar 13 capitais do país em maio e termina a viagem em novembro - neste ano, as novidades na seleção são João Pessoa, na Paraíba, e Porto Velho, em Rondônia. Segundo o diretor, que é gaúcho, mas saiu de Porto Alegre na infância, a ideia do programa do próximo ano, novamente, é ressaltar a diversidade de idades, gêneros e comportamentos:
– Quando pessoas de diferença de idade como a Emilly (20 anos) e a Ieda (70), por exemplo, se misturam e trocam experiências, a gente consegue ter uma ideia mais intensa do que é o ser humano.Mesmo com dois gaúchos entre os vencedores recentes - Emilly neste ano e Marcelo Dourado, em 2010 - Rodrigo diz que não existe um olhar especial para a gauchada:
– Um BBB com muitos gaúchos representaria só o Rio Grande do Sul. É importante ter uma representatividade de todas as regiões do país. Quando a gente tem essa mistura, a gente consegue acentuar as diferenças.
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José Augusto Barros
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