Justino Martins morreu em agosto de 1983. Foi uma morte simbólica, três meses depois que a TV Manchete foi ao ar. Ele já previa que a televisão iria matar as revistas da Bloch Editores. Diretor e criador do estilo da Manchete, Justino era emocionalmente apegado à revista e preferiu partir antes. Trabalhei 18 anos com ele, seis anos na mesa de edição, cotovelo contra cotovelo. Guardo a lembrança de um amante da vida, apaixonado por seu trabalho e com uma curiosidade ilimitada pelas pessoas. Cinéfilo extremado, ia todo ano ao Festival de Cannes. Ganhou até o apelido de Cidadão Cannes...
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