Com uma proposta jovem, descolada e sem definição, quatro amigos de Viamão fundaram a banda Birutéricos em 2015. Colegas de escola, os guris mantinham o sonho de tentar seguir o mundo do rock, mas queriam fazer algo diferente, sem amarras.
– A gente fala, meio em tom de brincadeira, que é um rock esquizofrênico. Não nos prendemos a um tipo, cada um tem uma referência diferente. Somos uma gurizada, sim, mas com cabeça de gente grande – explica Edisson Schwartzhaupt, 19 anos, que toca guitarra na banda.
Ele criou o grupo com Hamilton Conte, 20 anos, na guitarra e no vocal, Pedro Melo, 19, na bateria, e Gustavo Alves, 20. Este último deixou a Birutéricos, há cerca de um mês, para a entrada de Vitor Ditter, 19 anos, no contrabaixo.
Descontração
O nome da banda, aliás, surgiu justamente pelo fato de os músicos entenderem que vão na contramão de outros jovens da mesma faixa etária.
– Nós somos muito animados, descontraídos, descolados. Sempre queremos fazer uma coisa bem diferente, deslocados da realidade da galera da nossa idade – afirma Hamilton.
O primeiro EP da banda, 100% autoral, é o bem-produzido Estação Druida e traz quatro faixas que demonstram bem que os guris têm boas sacadas e já mostram maturidade musical. Espectrose, Chester Song, Aveia e o Veio e Alameda fazem uma espécie de linha do tempo da vida das pessoas.
– A primeira, é a nossa interpretação do que pode vir depois do nascimento da pessoa, e na sua infância. A segunda, é aquela época de adolescência. Já na terceira, passa pela fase adulta e quando o cara fica velho. E a quarta é uma espécie de além-vida – explica Vitor, falando sobre as faixas do EP, gravado no Estúdio Calabouço, em Viamão, de propriedade de Hamilton.
As faixas do primeiro trabalho foram gravadas no Estúdio Calabouço, em Viamão, que pertence a Hamilton.Como a cidade natal dos guris ainda é berço de um rock mais tradicional e pesado, eles pretendem divulgar o EP e fazer shows na cena alternativa que se criou em Porto Alegre.
– Está rolando um cenário legal na Capital. Queremos aproveitar isso – diz o guitarrista e vocalista do grupo.
Pitaco de Quem Entende
Nards, do Zueira, fala sobre o grupo:
– Um som arrojado, ousado e com personalidade. Arranjos diferenciados e letra original. Muito boa a produção musical. Agora, é investir em divulgação. Essa musicalidade precisa chegar na grande massa.
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