Se é verdade que o melhor se guarda para o final, a programação do Planeta Atlântida deste ano reserva uma dupla atração para quem firmar pé na Saba até as 3h da manhã de sábado para domingo. Isso porque o último show da edição de 2017 do festival ficará por conta da dupla Jeremih e Ludmilla – os dois acabaram de gravar a parceria Tipo Crazy, que deve ser cantada por ambos em meio a um set list com sucessos do rapper americano e da funkeira carioca.
Aos 21 anos, Ludmilla comemora a boa fase com planos: ainda que a parceria com o gringo não signifique uma intenção de lançar carreira no Exterior, é um sinal de que o trabalho da cantora – que explodiu em 2012, ainda sob o nome de MC Beyoncé, com Fala Mal de Mim (você deve conhecer e provavelmente já cantou o refrão "Não olha pro lado, quem tá passando é o bonde") – está dando certo.
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– Fiquei muito feliz com o convite do Jeremih – ela disse, em entrevista a ZH. – Estou ansiosa por participar do show dele, amo o trabalho do Jeremih. Agora, não tenho a pretensão de carreira internacional. Acho que ainda tenho uma longa estrada pela frente. Mas quero gravar meu DVD neste ano.
No Planeta, Ludmilla se une a vozes como as de Anitta e Karol Conka, que cada vez mais dão visibilidade às mulheres. Depois de um ano em que o chamado "feminejo" dominou as paradas de sucesso e o discurso feminista virou assunto cotidiano, a funkeira destaca a importância dos artistas que expõem essa discussão – e avalia que o importante é manter a voz ativa na luta pela igualdade:
– Por muitos anos, existiu uma diferença entre o papel da mulher e o do homem na sociedade. Acho que a mudança é resultado da nossa luta por direitos e reconhecimentos iguais. Mas ainda temos um longo caminho pela frente.
O show ao lado de Jeremih não vai ser a primeira vez de Ludmilla no Planeta: em 2015, a cantora subiu ao palco com Buchecha e DJ Tubarão, para a apresentação conjunta do Baile da Favorita. Na ocasião, Lud havia recém lançado seu CD Hoje e aproveitou para apresentar todos os seus principais hits – Sem Querer, Hoje, Te Ensinei Certin e 24 Horas por Dia. Em 2017, mais uma vez acompanhada, ela promete repetir a dose.
– Espero que as pessoas se divirtam. É um festival de grande porte, dá ansiedade na gente. Não vejo a hora – afirma a carioca, que vê a relação do público gaúcho com seu funk se estreitar cada vez mais:
– O funk é natural do Rio, mas se tornou um ritmo popular em todo o Brasil. Acho que hoje as pessoas identificam o funk como um gênero nacional, não apenas regional.
O Planeta Atlântida, entre 3 e 4 de fevereiro na Saba, em Atlântida, tem ingressos entre R$ 200 e R$ 610. Compras online e outras informações no site do evento.