UMA NOITE EM 67
De Ricardo Calil e Renato Terra. Ótimo documentário sobre a histórica final do 3º Festival da Música Popular Brasileira da velha TV Record. Registra, com o tempo necessário para o espectador compreender e fruir cada número musical e tudo o que o envolvia, o momento de turbulência política, efervescência artística e consagração dos artistas que se tornariam os grandes astros da música do país nos anos seguintes. Documentário, Brasil, 2010, 93min. Curta!, 16h30min
O ABRAÇO DA SERPENTE
(El Abrazo de la Serpiente) – De Ciro Guerra. Com Jan Bijvoet, Nilbio Torres e Brionne Davis. Extraordinário filme colombiano, lindamente fotografado em preto e branco, que narra a jornada de um explorador europeu na Amazônia em busca uma lendária flor que pode curar sua doença. A narrativa se passa em dois tempos – 40 anos depois, a trilha do homem é seguida por um segundo explorador, que interage com o mesmo xamã do anterior. Drama, Colômbia/Venezuela/Argentina, 2015, 125min. Telecine Cult, 22h
MESMO SE NADA DER CERTO
(Begin Again) – De John Carney. Com Mark Ruffalo e Keira Knightley. Havia mais frescor em Apenas uma Vez (2006), filme que fez a fama do diretor irlandês, pelo tratamento criativo do gênero musical, pela autenticidade e pela organicidade com que as músicas adentravam na narrativa. Mesmo se Nada Der Certo repete a fórmula, trocando atores desconhecidos por uma dupla "de comédia romântica" e a Dublin carrancuda por uma Nova York ensolarada. Mas vale assistir à trama sobre o encontro de uma cantora íntegra abandonada pelo namorado famoso (Adam Levine, da banda Maroon 5) com um produtor em baixa pronto para dar a volta por cima – gravando com ela, claro. Bom filme! Comédia romântica/musical, EUA, 2013, 104min. Fox, 0h45min
TV aberta:
A FERA (Beastly) – De Daniel Barnz. Com Alex Pettyfer, Vanessa Hudgens e Mary-Kate Olsen. Releitura contemporânea de A Bela e a Fera, que se passa com adolescentes alunos de uma escola de Nova York. Fantasia/comédia romântica, EUA, 2011, 86min. RBS TV, 15h10min
Streaming:
WHAT HAPPENED, MISS SIMONE? – De Liz Garbus. Entre os vários bons documentários produzidos pela Netflix, este se destaca por apresentar Nina Simone (1933 – 2003), uma das grandes artistas da música no século 20, em toda a intensidade com que ela viveu e cantou. Há imagens raras de arquivo e trechos curtos de suas canções, que aparecem costurados com as falas dos entrevistados, como se as ilustrassem. Essa estruturação formal funciona, e os depoimentos propriamente ditos, sobretudo o do namorado e empresário Andrew Stroud, são reveladores. Impossível esquecer o rosto expressivo de Nina em seus momentos de fúria, nos quais vomitava seus demônios sobre quem quer que estivesse à frente – a plateia, inclusive, caso do histórico festival de Montreaux de 1976, onde estava a fã que, 40 anos depois, dirigiria este filme imperdível. Documentário, EUA, 2015, 101min. Disponível na Netflix
