O Carnaval de Laguna, considerado o mais tradicional do Litoral de Santa Catarina, deve atrair cerca de 350 mil foliões à cidade do Sul de Santa Catarina, mesmo com cortes no orçamento. No total, serão 14 blocos de rua para animar os visitantes.
O maior bloco da cidade, e do Sul do país segundo os organizadores, é o da Pracinha. Com 39 anos de existência, a expectativa é que o trio elétrico seja acompanhado por cerca de 180 mil foliões fantasiados no domingo de Carnaval:
– É um bloco livre, todo mundo vem de fantasia, vem como quiser. E é o que todo mundo gosta – diz o presidente do bloco, Antônio Carlos da Silva, conhecido como Bronze.
Já o Bloko Rosa, segundo que mais atrai público na cidade, deve puxar cerca de 80 mil foliões no sábado.
O Carnaval da cidade sofreu os impactos da falta de recursos. Neste ano, Laguna não recebeu repasses do governo estadual para estrutura porque não conseguiu adequar a documentação a tempo, justifica o secretário de Turismo, Lazer e Comunicação, Antônio Claudio Quirino Ramos. Ele afirma que o município irá arcar com infraestrutura de segurança, limpeza e banheiros.
– O público vai se divertir igual, conseguimos reduzir mas sem perder – acrescenta o secretário.
Festa sem escolas
A falta de verbas impactou também nas escolas de samba, que não irão desfilar neste ano. Para o presidente da Liga Independente das Escolas de Samba de Laguna (Liesla), João de Souza Junior, a prefeitura não deu respaldo para as escolas e "está acabando com a cultura popular da cidade".
O Carnaval de Laguna é um dos mais tradicionais do Estado. No início do século 20, a festa começou com muita fantasia e um grupo de rapazes que tocava tambores nas ruas. Ali surgiram os primeiros blocos carnavalescos e os bailes nos clubes. As escolas de samba apareceram em 1946, com a fundação da primeira delas, a Xavante.