Vocês gostam de Lego. Eu gosto de Lego. Todo. Mundo. Gosta. De. Lego. Mas não sei se eu gostei de Lego Worlds. E não sei se vocês também vão gostar de Lego Worlds.
Desenvolvido pela Traveller’s Tale com distribuição da Warner, o jogo está em beta desde junho de 2015 no Steam. Shame on me, eu nunca tinha ouvido falar. Mas pude testá-lo agora na Brasil Game Show, numa das raras cabines de jogos pouco disputadas. A razão da baixa audiência eu descobriria poucos minutos depois de me conectar.
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Lego Worlds é a tentativa de reaver a primazia no que toca a criação através de bloquinhos de montar, atualmente de posse de Minecraft no entretenimento eletrônico. O game indie, comprado a preço de ouro pela Microsoft, valeu-se da lógica do Lego no mundo real para criar um império no mundo virtual. A Lego, agora, quer reivindicar esse reinado.
Justo. Só não sei se será com Lego Worlds.
Primeiro porque o jogo, diferentemente de Minecraft, me pareceu bem pouco intuitivo. Fui jogado em um universo de Lego – muito bonito e bem acabado, por sinal – sem nenhuma instrução. Nada. Aprendi como pular, correr e interagir com alguns personagens e veículos, mas nada além. Estava literalmente sozinho em uma ilha.
Por minha própria conta e risco, fui apertando botões e tentando entender o que poderia fazer – virtualmente qualquer coisa, o que é um pouco demais e significa uma curva de aprendizado grande demais para um teste numa feira. Larguei os controles quando, ao entrar em uma caverna, o que pareceu ser um bug dos mais bizarros me deixou cego ao jogar a câmera para debaixo da terra de pastilhas de plástico coloridas.
Uma das novidades apresentadas, mais de um ano depois de ser colocado para teste, é o modo multiplayer – que eu não sei como funciona porque a versão de teste, aparentemente, era apenas single player.
Talvez Lego Worlds agrade à criançada fã de Minecraft e, pela força do seu nome, vire o jogo. Mas daí não deve sair, isso é quase certo.
O jogo tem previsão de lançamento no Brasil para 2017 em português.