Principal cineasta iraniano e um dos mais importantes nomes do cinema em todo o mundo, Abbas Kiarostami teve sua morte, aos 76 anos, anunciada nesta segunda-feira. O cineasta se tornou conhecido no Irã nos anos 1970, com diversos curtas-metragens e longas como Mossafer (1974), produziu suas obras-primas entre as décadas de 1980 e 1990, sob o regime teocrático dos aiatolás. Nas décadas seguintes, aprofundou sua investigação estética.
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Veja abaixo seis filmes que ajudam a entender a carreira de Abbas Kiarostami e sua importância para o cinema.
Close-up (1990)
Obra-prima desconcertante que mistura ficção e documentário ao reencenar julgamento de homem acusado de se passar pelo cineasta Mohsen Makhmalbaf para enganar uma família rica.
Através das oliveiras (1994)
Outra obra-prima de gênero híbrido, este filme lançado em 1994 tem trama situada nos bastidores de uma produção cinematográfica.
Gosto de cereja (1997)
Filme vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes de 1997. A instigante história é a de um homem que procura alguém para atender ao seu último desejo.
O vento nos levará (1999)
Premiado com três troféus no Festival de Veneza de 1999, este drama mostra a inesquecível viagem de um jornalista que deseja registrar os tradicionais ritos funerais de uma comunidade iraniana.
Dez (2002)
Em um de seus filmes mais instigantes (lançado em 2002), Kiarostami discute a condição da mulher no Irã em uma trama que registra 10 conversas dentro de um táxi. Sessões às 20h de quinta e às 18h de sábado na Cinemateca Capitólio.
Cópia fiel (2010)
Filmado na Itália e com a francesa Juliette Binoche no elenco, coloca em discussão, com uma narrativa engenhosa, o espelhamento entre a percepção sobre o que é original e o que é simulacro tanto nas artes quanto nas relações afetivas