A história do cineasta Michael Cimino, morto no sábado, aos 77 anos, é geralmente resumida da seguinte maneira: o diretor nova-iorquino chegou um tantinho atrasado para a "festa" da geração Coppola-Scorsese-Friedkin, mas com a obra-prima de uma era (O franco-atirador, de 1978), que lhe rendeu os Oscar de melhor filme e direção e o contrato dos sonhos, para fazer aquele que seria um dos fracassos mais retumbantes da história em Hollywood (O portal do paraíso, 1980). Dali por diante, nada mais funcionou para ele – e Cimino virou um realizador bissexto, que encerraria a carreira com apenas sete longas-metragens no currículo.
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