A jornalista Sandra Annenberg contou à revista Contigo, em matéria publicada na edição deste mês, que já foi vítima de assédio sexual. De acordo com o jornal, a apresentadora do Jornal hoje não deu detalhes sobre o caso, mas afirmou que foi a partir dele que firmou seu posicionamento em relação à luta por conquistas das mulheres na sociedade.
"Eu fui discriminada, sofri preconceito, sofri assédio sexual, como todas as mulheres, mas eu fui reagindo", afirmou a jornalista à redação da Contigo.
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Sandra falou sobre o esforço reforçado desempenhado pelas mulheres para buscar uma situação igualitária no ambiente de trabalho, "é um passo de formiguinha conseguir este espaço", falou.
"Sou de um tempo em que só homem abria o jornal e a mulher vinha na sequência, Eu perguntava 'por que todo dia ele abre?'", completou Sandra sobre o tema.
Os comentários de Sandra surgem em um momento em que o assunto vem sendo especialmente discutido. Na última sexta-feira, a internet repercutiu a demissão da repórter do Portal IG que havia denunciado MC Biel por assédio sexual. Usuários acusavam o portal de praticar machismo e reforçar o medo que as mulheres sentem de denunciar casos de assédio.
O episódio serviu como um incentivo a mais para que mulheres que trabalham como jornalistas se organizassem no Facebook para denunciar casos de abuso no ambiente de trabalho. Um dos produtos desta mobilização foi a página Jornalistas contra o assédio, que reúne mais de 4 mil seguidores.
"A demissão de uma jornalista do portal iG que denunciou assédio sexual do cantor Biel, em São Paulo, é o norte da nossa campanha. Especialmente porque ela não é a única: são dezenas de relatos rotineiros que não podem ser naturalizados nem jogados no esquecimento. Especialmente porque empatia é isso: colocar-se no lugar do outro", diz a descrição do grupo.
Confira o manifesto publicado pelo movimento: