Mais uma fase de Velho Chico termina na próxima semana, dando lugar ao elenco fixo que ficará até o final da história. Saem de cena grandes nomes como Chico Diaz, Rodrigo Santoro e Fabíula Nascimento, chegam com tudo outros ainda maiores, como Antonio Fagundes, Camila Pitanga e Domingos Montagner.
Nesses primeiros capítulos, aplaudimos de pé a atuação de veteranos, em cenas memoráveis que já entraram para a história. Mas foram os novatos que "seguraram o rojão" com coragem e talento, como se a atuação fosse tão simples como respirar. Não é. Foram momentos fortes, muitas lágrimas, suor e sangue para dar o pontapé inicial nessa saga. Agora, passam a bola para a segunda parte do elenco, que fica na cara do gol com a certeza do sucesso já conquistado.
Marina Nery estreou com a responsabilidade de cenas quentes com Rodrigo Santoro, sofreu, viveu e morreu intensamente em apenas sete capítulos. Na pele de Leonor, a novata lembrou muito a então estreante Patrícia França em Renascer (1993). A história de Leonor, aliás, se confunde bastante com a de Maria Santa na clássica trama de Benedito Ruy Barbosa.
Aplausos também para Julia Dalavia e Renato Góes. Nenhum deles é estreante, mas tiveram em Velho Chico a chance de encarar um desafio marcante, para eles e para o público. O amor de Tereza e Santo emocionou desde o princípio e só tende a melhorar quando Camila Pitanga e Domingos Montagner entrarem em cena.
MAIS ATUAL DO QUE NUNCA – O Coronelismo vigente em Velho Chico parece mera obra de ficção, mas está longe disso. Um olhar mais apurado nos faz perceber que se trata da realidade, pintada com novas e coloridas tintas, mas assustadoramente semelhante ao cenário atual.
* Diário Gaúcho