O som é tão diferente que se torna complicado enquadrá-lo em um único gênero. Talvez um indie pop sintetizado, ora animado, o rasonhador, com influências também do rock e do house. Essa é acara da banda australiana Miami Horror, que chega ao Estado como principal atração do MECA Festival,que ocorre amanhã, no Butiá,em Itapuã, município de Viamão. O grupo começou com o produtor e DJ Benjamin Plant, que chegou a lançar um EP de cinco músicas, Bravado, em 2008. Posteriormente,juntaram-se a ele Josh Moriarty (guitarra e vocais), Aaron Shanahan (sintetizadores,vocais e guitarra) e Daniel Whitechurch(sintetizadores).
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Lançado em 2009, Sometimes, o single de maior sucesso do Miami Horror, fez parte da trilha sonora do jogo de videogame Grand Theft Auto (GTA) V – e o vídeo tem quase 5 milhões de visualizações no YouTube. O álbum de estreia, Illumination, chegou às estantes em 2010. O segundo, All Possible Futures, é do ano passado. Depois de se apresentar no MECA, a banda encara o Coachella, festival que ocorre entre 15 e 22 de abril, na Califórnia.
Entrevista
Como vocês definem o som do Miami Horror?
É realmente difícil dar qualquer tipo de nome. Trabalhamos com tantas influências e elementos... Se eu precisasse tentar categorizar, diria que metade da nossa música é percussiva, com uma batida animada, e a outra metade é mais sonhadora e esmaecida.
Vocês fundem sonoridades do passado e do presente. Essa é a intenção?Provavelmente fomos mais influenciados por música nostálgica do que qualquer outra coisa, mas também percebemos que ela é, algumas vezes, batida e ambiciosa demais para hoje em dia, motivo pelo qual gostamos de manter um equilíbrio.
O quanto o ambiente da Austrália influencia a sonoridade da banda?Acho que tivemos bons verões na Austrália durante a nossa infância e havia muita cor na década de 1990. Então, talvez isso tenha sido uma grande influência para nosso som mesmo. O som da banda é marcado por uma combinação de referências de synth pop dos anos 1980 e exemplares de pop contemporâneo.
Além de integrar o nome do grupo, Miami também influencia o som?
Não tenho certeza se Miami tem alguma influência específica no nosso trabalho fora o nome. Acho que, devido ao nome, as pessoas entrelaçam o trabalho artístico àquela época e àquele local. Entretanto,somos influenciados realmente por muitos artistas que vêm de uma gama de lugares, nenhum realmente de Miami.
No MECA, vocês apresentarão músicas novas que estarão no próximo disco?
Temos trabalhado no estúdio, mas estamos segurando esse material para não testar qualquer novo som até mais para o final do ano. Estamos com um EP de cinco músicas novas que deve ser lançado em alguns meses.
Muitos brasileiros vivem na Austrália.Vocês conhecem algum?
Sei que há uma grande quantidade de brasileiros em Sydney. É engraçado porque eles são conhecidos por fazer festa nas praias de forma barulhenta, com som alto, e por praticar capoeira (risos). Entretanto, não conheço muitos brasileiros em Melbourne, onde eu moro.
E o que vocês esperam do MECA?
Sabemos que o MECA tem uma atmosfera ótima. Adoramos o Brasil, então vamos dar um jeito de aproveitar.