Prestes a estrear a última temporada de seu programa de entrevistas, Jô Soares deu entrevista ao jornal O Globo. Nas respostas, o humorista, escritor, apresentador, ator e diretor falou sobre seus projetos para o futuro, a doença que o tirou do ar no último ano e as últimas entrevistas do Programa do Jô, que tem seu fim marcado para dezembro de 2016.
De acordo com Jô, o fim do talk show foi um acordo feito com a Globo há dois anos, para que não houvesse desgaste. "Queria sair de forma digna e não de maneira melancólica, deixar saudade e não incômodo", disse o apresentador, citando como exemplo o fato de programas como Viva o Gordo e Planeta dos Homens serem lembrados até hoje.
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Jô ainda diz que é "quase impossível" fazer um balanço sobre os 28 anos à frente de talk shows (desde 2000, ele comanda o Programa do Jô, e antes disso era âncora do Jô Soares Onze e Meia, no SBT), mas garante que "vai voltar quente" e pretende apostar em entrevistas políticas e sobre a situação do Brasil em 2016 – "quero trazer pessoas contra e a favor do impeachment", garante o entrevistador.
Em dezembro, quando o Programa do Jô acabar, serão 15 mil entrevistas, segundo as contas do apresentador. Como uma forma de celebração, ele pretende levar também alguns dos entrevistados mais recentes a esta última temporada – pessoas como Ziraldo e Chico Buarque, conta.
Para falar sobre o futuro, Jô cita o ex-ministro Pedro Malan: "o futuro tem por ofício ser incerto". Atualmente, ele escreve um livro "muito ligado a política", dirige a peça Histeria no teatro e se programa para Troilo e Créssida, peça de Shakespeare que deve dirigir em breve.