Os Rolling Stones voltaram a São Paulo depois de 18 anos em show elogiado pela crítica no estádio do Morumbi, na noite desta quarta-feira. Trata-se do segundo show da parte brasileira da turnê latina Olé 2016, que começou no Rio, no sábado e termina em Porto Alegre na quarta, dia 2.
Com alguns minutos de atraso, mas sem a chuva que castigou o estádio durante toda a tarde, a banda deu início à apresentação com "Start me up". Entre clássicas como Paint it black, It's only rock'n roll e Satisfaction, que encerrou a apresentação, os britânicos ainda emendaram canções menos manjadas, como All about you e Bitch.
Durante toda a turnê Olé, que estão fazendo apenas em grandes estádios, eles colocam quatro músicas no site oficial da banda para que o fã escolha qual deve entrar no repertório. A uma certa altura da noite, os telões mostram a frase: "E a vencedora é?" E Bitch foi a escolhida do público paulista.
O público pode se encantar, ainda, com a simpatia do frontman. Quase um show a parte, entre passos de sapateado, samba, Mick Jagger conversava com o público. "É incrível estar no Morumbi pela primeira vez. 18 anos. Não acredito, Sampa", lembrou o vocalista que tem filho brasileiro e fala português o tempo todo. Ele inclusive mandou um "beijinho no ombro" e imitou o gesto de Valesca Popozuda.
Leia mais:
Rolling Stones faz show impecável no Rio de Janeiro
Os pedidos de camarim dos Rolling Stones para apresentação em Porto Alegre
Todos os passos para chegar ao show dos Rolling Stones em Porto Alegre
Os caras que formataram o rock tem uma vantagem, no repertório são quase 20 músicas enraizadas na memória afetiva das pessoas. Mas nem por isto eles não estão caprichando. Entre as surpresas da noite, as baladas Beast of Burden e Worry About You. Nas habituais duas canções que Richards canta por show, desta vez ele escolheu You Got the Silver e Happy.
A parte final da apresentação é um roteiro impecável, com canções pinçadas de várias (e ótimas) fases da banda: Gimme Shelter, Brown Sugar, Sympathy for the Devil e Jumpin' Jack Flash.
No bis, You Can't Always Get what You Want repete no palco o uso de um coral que marca a gravação original – nos shows em São Paulo, quem acompanha é o Coral Sampa, com 24 cantores jovens, que dão o clima de "missa" para embalar uma das letras mais espirituais de Jagger e Richards.
Para fechar, a mais que óbvia (I Can't Get No) Satisfaction, com os acordes mais reconhecíveis da história do rock, criados por Keith Richards. Serve para sintetizar 54 anos de rock, muito bem representados em pouco mais de duas horas de show.
Leia o especial completo abaixo:
*Com agências