Gênero teatral de grande popularidade no país nos anos 1980, o besteirol virou uma palavra de tamanho apelo que se afastou da acepção original - exemplo disso foi uma comédia cinematográfica americana de 2001 que recebeu, no Brasil, o curioso título Não É Mais um Besteirol Americano. Originalmente, o besteirol foi uma forma teatral surgida no final da ditadura militar, em meio à abertura da censura, que se caracterizou por um humor nonsense, com referências ao universo pop do cinema e da TV, em espetáculos que costumavam agrupar cenas curtas e atores que frequentemente se valiam do recurso do travestimento. Observado com reserva por críticos da época (Barbara Heliodora, no entanto, foi uma incentivadora), o besteirol influenciou o programa TV Pirata, que tinha em sua ficha técnica roteiristas que se destacaram nas salas de espetáculo, como Mauro Rasi, Vicente Pereira, Pedro Cardoso e Felipe Pinheiro.
Teatro
Lauro Ramalho e Claudio Benevenga atuam em espetáculo de humor com direção de Zé Adão Barbosa
"Besteirol, a Comédia, ou Tem Drag Queen no Funk!" tem sessões desta quarta-feira a sábado, no Porto Verão Alegre
Fábio Prikladnicki
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