O documentário Fuocoammare (Fogo ao Mar), do italiano Gianfranco Rosi, sobre o drama dos refugiados que chegam à ilha de Lampedusa, ganhou neste sábado (20) o Urso de Ouro de melhor filme do Festival de Berlim. "Espero que este filme sirva para fazer as pessoas tomarem consciência de que as pessoas não podem continuar morrendo no mar para fugir de uma tragédia", disse Rosi ao receber o prêmio.
O Urso de Prata de melhor direção ficou com a francesa Mia Hansen-Love pelo filme L'Avenir. O Grande Prêmio do Júri foi para Morte em Sarajevo, do bósnio Danis Tanovic.
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A dinamarquesa Trine Dyrholm ficou com o Urso de Prata de Melhor Atriz por seu papel em Kollektivet (A comunidade), do também dinamarquês Thomas Vinterberg. O Urso de Prata de Melhor Ator foi para o tunisiano Majd Mastoura em Hédi, o primeiro filme em árabe apresentado na mostra competitiva do Festival de Berlim em duas décadas.
O Brasil estava representado com três filmes na mostra Panorama - Curumim, documentário de Marcos Prado; Mãe Só Há Uma, de Anna Muylaert; e Antes o Tempo Não Acabava, de Sérgio Andrade e Fábio Baldo - mas o premiado na seção paralela da Berlinale foi Junction 48, do israelense Udi Aloni.
VEJA VENCEDORES DE TODAS CATEGORIAS:
- Urso de Ouro:Fuocoammare (La mer en feu) de Gianfranco Rosi, Itália/França (documentário)
- Urso de Prata: Smrt u Sarajevu (Mort à Sarajevo) de Danis Tanovic, França/Bósnia
- Melhor Ator: Majd Mastour por "Inhebbek Hedi" (Hédi) de Mohamed Ben Attia, Tunísia/Bélgica/França
- Urso de Prata "Alfred Bauer": "Hele Sa Hiwagang Hapis" de Lav Diaz, Filipinas/Singapura
- Melhor Diretor: Mia Hansen-Love por "L'avenir", França/Alemanha
- Melhor Atriz: Trine Dyrholm de "Kollektivet" de Thomas Vinterberg, Dinamarca/Suécia/Holanda
- Melhor Roteiro: Tomasz Wasilewski por "Zjednoczone Stany Milosci", Polônia/Suécia
- Contribuição artística: "Chang Jiang Tu" de Yang Chao, China