Depois de se apresentar no Porto Alegre Em Cena em 2012, com ingressos esgotados, a companhia performática Fuerza Bruta volta ao Rio Grande do Sul para nove shows gratuitos. Desta vez, o clima é praiano: o grupo reconhecido mundialmente é uma das atrações do Pepsi Twist Land, festival que começou no final de semana passado em Atlântida, no Litoral Norte, e segue neste, com uma programação que inclui música e intervenções de artes cênicas e plásticas.
Proveniente da companhia teatral De La Guarda, o Fuerza Bruta começou em 2003 na Argentina. Desde então, já visitou 50 cidades pelo mundo. O grupo é conhecido por realizar performances que misturam música, dança, acrobacias e interatividade com o público.
– Trabalhamos muito com as sensações, com vento, água e ar, por exemplo – declara um dos diretores do grupo, Alejandro García.
No Twist Land, o Fuerza Bruta apresentará uma compilação de diversos shows, com uma duração mais curta, de meia hora. Essa adaptação, que inclui uma piscina transparente suspensa a aproximadamente 12 metros do chão, embaixo da qual cabem cerca de mil pessoas, será exibida três vezes em cada dia de festival. Uma equipe de cerca de 60 pessoas, com artistas vindos da Argentina e de Nova York, se mobilizou para os espetáculos no Litoral.
Esta é a primeira edição do festival, que ocorre em um espaço ao ar livre, de aproximadamente 4,2 mil metros quadrados, na Avenida Central, 1.200. Todas as atrações são gratuitas, e haverá foodtrucks no local.
"Cada um interpreta o espetáculo de uma maneira diferente", afirma Alejandro García, diretor técnico do Fuerza Bruta
Em que pontos o Fuerza Bruta se diferencia de outros grupos performáticos em atividade?
Não temos um cenário fixo. Ocupamos todos os espaços do ambiente, e as pessoas ficam de pé, movendo-se durante o show. Não tem nada parado. Procuramos proporcionar experiências fortes, especiais. É uma proposta muito vivencial. Não temos uma única linguagem, e por isso cada espectador interpreta de uma maneira diferente.
Isso significa que as apresentações mudam dependendo da cidade onde o Fuerza Bruta se apresenta?
Sim, é uma experiência que muda conforme o local. Um show na China é diferente de um show no Brasil. A interpretação depende da sua cultura, do seu estado de espírito no dia. O importante é que, no final, cada um saia com um sorriso.
Além de Porto Alegre, o Fuerza Bruta foi a São Paulo, em 2009 e em 2014. Como foi a recepção do público nos espetáculos anteriores?
Somos irmãos, então nos sentimos em casa. Foi sempre muito bom.
Como foi criada a performance que será apresentada no litoral gaúcho neste final de semana?
Escolhemos as cenas mais impactantes do Fuerza Bruta que poderiam ser apresentadas em um formato curto.