A Companhia de Navegação Arnt fazia a rota de Porto Alegre ao Vale do Taquari. Antes da ferrovia e das rodovias, os barcos ofereciam a viagem mais rápida para os passageiros e o transporte de cargas. Em 1875, o filho de imigrantes alemães Jacob Arnt começou a atuar como comandante do Vapor Taquari. Quatro anos depois, fundou a empresa Jacob Arnt e Cia.
Para comprar o velho Vapor Taquari, que pouco depois naufragou, Arnt deu em troca uma propriedade rural. Ele também mandou trazer um barco da Alemanha, que chegou desmontado e ganhou o nome de Teutônia I. As embarcações percorriam os rios Taquari e Jacuí até chegar a Porto Alegre.

A viagem da Capital a Taquari durava de seis a sete horas. Outras quatro ou cinco horas eram necessárias para percorrer o trecho de Taquari a Lajeado. Os vapores paravam em outros portos no caminho. Por muito tempo, usaram lenha como combustível, depois substituída pelo óleo.
Em dezembro de 1928, com o fundador já doente, os acionistas passaram a gerência para o filho Leopoldo Arnt. Jacob ficou com o cargo de gerente honorário e morreu em 1942, aos 89 anos.

A empresa teve vários tipos de embarcações, porque os rios ficavam com nível muito baixo nos períodos de estiagem. Os vapores eram os maiores e mais confortáveis, com camarotes equipados com beliches. No valor da passagem, estavam incluídas refeições.
Os vapores também faziam o serviço postal. Em 1933, a companhia transportou 75 mil passageiros. Em 1949, eram aproximadamente 30 barcos e 249 empregados nas embarcações, estaleiros e portos.
A companhia de navegação teve diferentes nomes até 1965, quando decretou falência.