Catarinense de Corupá, Bruna Linzmeyer, 23 anos, é uma das atrizes mais versáteis da nova geração de globais. Atualmente, ela interpreta Belisa em A Regra do Jogo, personagem que começou tímida, mas conquistou o público e ganhou espaço na novela. De mimada no início, Belisa teve uma reviravolta e entrou em uma nova fase, mais madura e heróica, com status de protagonista ao lado do mocinho da novela Juliano, interpretado por Cauã Reymond.
Bruna, que já foi Garota Verão em sua cidade natal, estreou na TV aos 18 anos, na minissérie Afinal, o que querem as mulheres?, como Tatiana Dovichenko. A personagem se envolvia com André, interpretado por Michel Melamed - depois, os atores chegaram a namorar por quatro anos. Em 2015, participou da polêmica campanha Meu Corpo, Minhas Regras, que defendia o direito ao aborto.
Na TV, já pintou o cabelo de rosa para ser a Juliana, de Meu Pedacinho de Chão, estudou nove meses para viver a autista Linda, de Amor à Vida. Nos cinemas, foi uma das protagonistas de Celulares e do suspense O Amuleto, ambos rodados em Florianópolis.
A atriz respondeu algumas perguntas do DC por e-mail. Confira a entrevista:
O estilo de Belisa chamou a atenção desde o começo da novela, mas a personagem também tem se destacado. Você acha que seu papel cresceu? Como avalia o sucesso de Belisa?
Fico muito feliz com o caminho da Belisa. É resultado de muita concentração e muito trabalho, e também do encontro de bons e belos parceiros, os diretores da novela, os atores. Não se faz uma novela sozinho e tenho muito orgulho em dizer isso.
Você não só está sempre mudando o visual, como seus papéis também são bem diversos entre si. Você se considera uma camaleoa?
Adoro o estilo da Belisa, a Marie Salles arrasa. É sexy e agressivo, fala muito sobre a personalidade dela. Coloco alguma energia no mundo para fazer coisas diferentes. Penso sobre isso, desejo isso. Mas o trabalho do ator depende muito do olhar do outro, e tive diretores muito generosos comigo, que confiaram que eu poderia fazer algo que eles ainda não tinham visto, que podíamos trabalhar juntos na construção de uma coisa nova. De minha parte, sempre tive disponibilidade e desejo de fazer o que não sei fazer. Para mim, só faz sentido o desespero de olhar uma nova personagem e pensar que não tenho a menor ideia de como fazer isso. O prazer do trabalho está em pesquisar, estudar, juntar informações, vivências, emoções e fazer algo que brote dessa pesquisa, mas que brote também da minha emoção, do meu coração.
Que papel ainda sonha interpretar?
Sonho fazer a personagem que nunca fiz. Sonho também com a Macabéa, da Clarice (personagem de A hora da estrela).
O relacionamento entre a Belisa e o Juliano está dando o que falar. Como tem sido atuar com o Cauã Reymond?
Encontrei no Cauã um grande parceiro de trabalho, uma pessoa sensível, inteligentíssima e engraçada. Ele faz algo raro no set, deixa-o leve e profundo ao mesmo tempo. É sempre um prazer gravar as cenas do Juliano e Belisa.
Você costuma vir a Santa Catarina? Do que tem mais saudades?
Sim! Vou sempre a Corupá. E às vezes a Floripa, ver meus amigos. O que mais sinto falta é de Corupá, da energia que tem aquele pequeno vale, das cachoeiras, da segurança, da casa em que cresci, da minha família e do strudel que só tem no Sul (risos).