Houve um tempo em que mocinhos e mocinhas de novelas eram ingênuos demais, caíam o tempo todo na lábia dos vilões, sofriam ao extremo e quase inundavam a televisão de lágrimas. Hoje em dia, esse tipo de comportamento não convence mais o público, pois os bonzinhos são queridos e amáveis, mas nem tão inocentes como antes.
Correm atrás, armam barraco, decidem as próprias vidas sem intromissão alheia. Enfim, são humanos e podem errar. Estão aí, como bons exemplos da nova safra de "mocinhas modernas", a esquentada Eliza (Marina Ruy Barbosa), de Totalmente Demais, e a bem-resolvida Lívia (Alinne Moraes), de Além do Tempo. Na ala masculina, o batalhador Jonatas (Felipe Simas) e o romântico Felipe (Rafael Cardoso) representam homens quase reais.
Felipe, Lívia, Eliza e Jonatas: decididos, mas sem perder a ternura
Dez a zero
Por outro lado, Dante (Marco Pigossi) e Tóia (Vanessa Giácomo) não entenderam as regras desse jogo. Na novela das nove, a dupla perde de goleada para os vilões e está longe de descobrir que o mal está mais perto do que imaginam.
Tóia parecia ser uma mocinha nada convencional, capaz até de roubar _ valia tudo para salvar a vida da mãe, Djanira (Cássia Kis Magro). Ela bancou a detetive e até descobriu a verdade sobre Zé Maria (Tony Ramos), apesar de não ter conseguido alertar Juliano (Cauã Reymond) a tempo de evitar muito sofrimento.
Porém, os tempos de esperteza chegaram ao fim quando ela se envolveu com Romero (Alexandre Nero). O pilantra bem que tenta fazer boas ações para conseguir o amor da moça, mas continua o mesmo canalha de sempre.
Foto: Pedro Curi, TV Globo
E o que dizer de Dante, o policial mais ingênuo da teledramaturgia? Romero Rômulo, aquele "santo homem", enrola o filho direitinho e entrega todo o ouro de bandeja à facção. Aliás, Dante nem imagina que o grande vilão, o "Pai" da quadrilha, é seu avô, Gibson (José de Abreu). É... Dez a zero para a bandidagem em A Regra do Jogo.
Foto: João Miguel Júnior, TV Globo
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