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Dez anos depois de somar 300 mil espectadores com Vinicius, número expressivo para um documentário nacional, Miguel Faria Jr. apresenta Chico - Artista Brasileiro, em cartaz a partir desta quinta-feira nos cinemas. Na produção que passa em revista a vida e a obra do compositor, cantor e escritor Chico Buarque, o diretor segue modelo parecido com o que mostrou no tributo ao poeta Vinicius de Moraes (1913 - 1980) ambos seu amigos. Com um diferença.
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- Já que ele (Chico Buarque) está vivo, não há outra pessoa melhor para falar sobre ele. O fato de sermos amigos me possibilitou o contato, mas também me complicou, pois eu não poderia fazer um filme chapa branca e tampouco trair a confiança dele - diz Faria Jr em entrevista à Folhapress.
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Chico aparece em várias versões: músico, escritor, boleiro, ativista, ator, marido, irmão, vovô, morador do Leblon. Com os pés sobre a mesa, batuca no teclado do computador do seu escritório espaçoso, pendurado sobre a vista da orla do Rio de Janeiro. Ainda que seja ancorado no passado, o filme joga para o presente, acompanhando a busca de Chico em Berlim pelo irmão que não conheceu.
Veja o trailer do filme:
Diretor gravou 30 horas de entrevista com o artista
Corta para um Chico de 20 e poucos anos desembarcando na Itália após dar no pé do Brasil da ditadura. Noutra cena, netos invadem sua cozinha, enfiam a cabeça na geladeira e gritam: "Tem sorvete?". É ainda o olhar do próprio Chico sobre si. Faria Jr. gravou 30 horas de entrevistas no apartamento do músico, que guiam a narrativa do filme.
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Nelas, se sobressai o Chico politizado, ainda que ele diga que seu envolvimento com política acabou quando o Brasil chegou à democracia. O artista dá declarações polêmicas sobre a bossa nova, ritmo que exaltou a vida toda, e fala sobre o que a música popular diz a respeito do Brasil. Entremeados às entrevistas, breves depoimentos da irmã Miúcha, números musicais e imagens de arquivo.
Estão lá momentos cruciais: o sucesso de A Banda (1966), a virada de mesa quando escreveu Roda Viva, o jogo de gato e rato com a censura.
- Há uma relação entre Vinicius e este filme. Eu queria retomar a história da música brasileira e como ela refletiu com a morte do Vinicius. Queria fazer isso por meio de um personagem. Era o Chico, só podia ser o Chico - afirma Faria Jr à Folhapress.
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Chico - Artista Brasileiro
De Miguel Faria Jr.
Documentário, Brasil, 2015, 116 min, livre.
Em cartaz no GNC Moinhos 1 (15h20, 21h50), Cinemark Barra 1 (16h50, 19h20, 22h20) e Espaço Itaú 5 (14h, 16h30, 19h, 21h30)