Um livro escrito em forma de ensaio e dividido em partes que se complementam, mas também são independentes, e podem ser lidas em ordem aleatória. Assim é o Som da Folha Quando Cai - Ensaio Sobre o Processo Criativo em Poesia, de Daniela Damaris Neu, o grande nome da edição 2015 do Prêmio Açorianos de Literatura. Sua obra, além de vencer na categoria Ensaio de literatura e humanidades, foi escolhida o Livro do Ano. A premiação foi realizada nesta segunda-feira, no Teatro Renascença, do Centro Municipal de Cultura de Porto Alegre.
- Eu não estou acreditando ainda. Na verdade, eu tinha um pouquinho de esperança na categoria Ensaio, mas ser reconhecida com Livro do Ano foi uma grande surpresa - conta Daniela, que é revisora de Zero Hora.
- O livro é uma releitura de grandes teóricos. Nele, eu usei a teoria lado a lado com a poesia e pude mostrar que as duas coisas se mesclam. Que na poesia há teoria e na teoria há também poesia.
A arte de capa e as ilustrações são assinadas por Vinícius Finger; edição e projeto gráfico são de Romar Beling; e arte-final é de Sadraque Lenz Veiga.
Daniela, que participa pela primeira vez do Prêmio Açorianos, fez com que um ensaio voltasse a ganhar o prêmio máximo depois de três anos. O último ensaio vencedor tinha sido Afrontar Fronteiras, de Donaldo Schüler, em 2012. No ano seguinte, foi a crônica A Menina Quebrada, de Eliane Brum, que ganhou na categoria Livro do Ano. Em 2014, a poesia de Armindo Trevisan, com Adega Imaginária, levou o prêmio máximo do Açorianos.
OS VENCEDORES DE 2015
Livro do ano
- O Som da Folha Quando Cai - Ensaio Sobre o Processo Criativo em Poesia, de Daniela Damaris Neu (Editora Gazeta Santa Cruz)
Narrativa Longa
- Volto Semana que Vem, de Maria Pilla (Editora Cosac Naify)
Conto
- Quebrantos e Sortilégios, de Ivo Bender (Editora Terceiro Selo)
Poema
- O Perdão Imperdoável, de Maria Carpi (Editora Bertrand Brasil)
Crônica
- Tomo Conta do Mundo - Confissões de uma psicanalista, de Diana Corso (Editora Arquipélago Editoral)
Infantil
- A História Mais Triste do Mundo, de Mário Corso, com ilustrações de Bruna Assis Brasil (Editora Bolacha Maria)
Infanto-juvenil
- Eu é um Outro, de Hermes Bernardi Jr. (Editora Edelbra)
Ensaio de literatura e humanidades
- O Som da Folha Quando Cai - Ensaio Sobre o Processo Criativo em Poesia, de Daniela Damaris Neu (Editora Gazeta Santa Cruz)
Especial
- Julio Reny - Histórias de Amor e Morte, de Cristiano Bastos (Editora Artes e Ofícios)
Capa
- Desordem, de Fernanda Chemale e Gisela Rodriguez, com apa de Flávio Wild (Edição independente, com financiamento do FUMPROARTE)
Projeto gráfico
- Poema das Quatro Palavras, de Airton Cattani, com projeto gráfico/Design de Airton Cattani (Editora Marcavisual)
Prêmio Açorianos de Criação Literária (Juvenil) 2015
- Cecília que Amava Fernando, de Caio Riter