A Bela que Dorme
(Bella Addormentata) - De Marco Belocchio. Com Alba Rohrwacher, Toni Servillo, Michele Riondino e Isabelle Huppert. Baita filme do grande diretor de Vincere (2009), que aqui criou uma série de personagens fictícios em torno de um caso real - a eutanásia de Eluana Englaro, em 2009 - para escancarar como o obscurantismo religioso ainda guia decisões políticas no país. A "bela adormecida" do título é a jovem Eluana, mas trata-se de uma metáfora para a própria Itália - a reflexão, aliás, é apropriada a muitos outros países... Drama, Itália/França, 2012, 115min. Telecine Cult, 12h25min
A Vida É Bela
(La Vita È Bella) - De e com Roberto Benigni. Com Nicoletta Braschi e Giustino Durano. A relação deste bom filme italiano com o Brasil é estranha. Ao "competir" com Central do Brasil (1997) pelo Oscar de melhor filme estrangeiro, teve detratores por aqui. Esqueça isso, e descubra a bela e triste história de um judeu que faz de tudo para esconder do filho o terror dos campos de concentração durante a II Guerra Mundial. Drama, Itália, 1997, 116min. Studio Universal, 13h e 17h40min
O Lugar Onde Tudo Termina
(The Place Beyond the Pines) - De Derek Cianfrance. Com Bradley Cooper e Eva Mendes. Bom filme, menos badalado do que merece, que marca o reencontro do diretor Cianfrance com Ryan Gosling dois anos após Namorados para Sempre, que deu início à parceria de ambos em 2010. Ousado na forma, O Lugar Onde Tudo Termina tem duas bruscas quebras narrativas, como se fosse dividido em três atos, que se completam para contar a ciranda de tragédias envolvendo um policial e um criminoso andando sobre uma linha tênue entre o bem e o mal. A trama começa quando o personagem de Gosling, um motoqueiro do chamado Globo da Morte, reencontra uma velha paixão e descobre ter um filho. Resolve largar a vida mambembe e se estabelecer com a nova família, mas entra no mundo do crime, o que dá início a uma série de acontecimentos amarrados de maneira pouco tradicional e muito eficiente pelo promissor diretor e roteirista de 41 anos e apenas três longas ficcionais no currículo (o outro é Brother Tied, de 1998). Drama, EUA, 2012, 140min. Max Prime, 22h
Caro Francis
De Nelson Hoineff. Este documentário, uma espécie de reportagem sobre a vida de Paulo Francis, relembra a figura genial e geniosa do jornalista que morreu em 1997, aos 66 anos, com ao menos um ponto alto: a abordagem do período final de sua vida, quando Francis sofreu um processo judicial por difamação e morreu de infarto - erroneamente diagnosticado como bursite por seu médico pessoal. O diretor é um crítico carioca, também responsável por Alô, Alô, Terezinha (2009) e Cauby - Começaria Tudo Outra Vez (2013). Documentário, Brasil, 2010, 88min. Curta!, 21h30min e 1h30min
Quero Ser John Malkovich
(Being John Malkovich) - De Spike Jonze. Com John Cusack, Cameron Diaz e Catherine Keener. Este longa, que revelou o talento do roteirista Charlie Kaufman (de Adaptação e Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças), encanta mais pelo estranhamento do que por qualquer outra coisa - a trama é a de um jovem que está na pior até, veja só, descobrir uma passagem misteriosa para o ego do ator John Malkovich. Agora, se não fosse realmente bom, você logo deixaria o filme de lado - coisa que passa longe de acontecer. Comédia, EUA, 1999, 113min. Telecine Cult, 23h55min