O que sempre foi exclusividade de grandes festivais ou shows internacionais virou algo comum para uma festa de Porto Alegre. A Blow Up, que há nove anos agita o Bar Ocidente, se acostumou a esgotar antecipadamente seus ingressos. Para a edição de maio, que acontece neste sábado, a organização liberou 300 bilhetes - metade da lotação da casa - para serem vendidos a partir das 18h de segunda-feira. Às 19h37min, não tinha mais nenhum.
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Houve edições em que os ingressos antecipados se esgotaram em menos de uma hora. Por conta da procura avassaladora, os produtores tiveram até que mudar alguns procedimentos de venda:
- Nós vendemos no próprio Ocidente. A gente costumava vender no almoço (durante o dia, o Ocidente funciona como restaurante), mas a procura ficou muito grande e começou a dar confusão, às 11h da manhã já tinha fila. Agora, transferimos o horário de início da venda para às 18h, e, desde o mês passado, temos contratado um bilheteiro próprio e um segurança particular, para organizar a fila - conta Claus Pupp, um dos organizadores da balada.
O fenômeno é relativamente recente. Pupp viu a procura antecipada começar a crescer há dois anos, mas garante que o tempo de duração dos ingressos está cada vez menor. Taís Scherer, uma das organizadoras da Balonê, outra festa que fez sucesso no Ocidente - mas que tem edições no Opinião (como a próxima) - vê na mudança de comportamento uma relação com as novas regras para casas noturnas:
- Agora, a fiscalização quanto à lotação das casas está muito mais forte, e acho que tem gente se adiantando porque começou a perceber que está ficando de fora. O limite de público é bem rigoroso e, quanto mais tarde as pessoas chegam, mas difícil é de elas entrarem.
Para este sábado, os 300 ingressos antecipados da Blow Up já foram vendidos, mas a lotação da casa é de cerda de 600 pessoas. Ingressos serão vendidos na hora, no Ocidente.