Pouco antes de se apresentar em evento ligado à Igreja do Evangelho Quadrangular, domingo passado (15/03), no interior do município de Guaíba, Mary Teresinha conversou com ZH.
Confira a entrevista abaixo.
Como é sua rotina de artista após o batismo na Igreja Quadrangular?
Movimentada. Tenho me apresentado com frequência, fazendo shows para 2 mil, 3 mil pessoas. É claro que faço apresentações muito diferentes, para públicos diferentes, às vezes menores. Semana passada, estive em Caxias do Sul e Bento Gonçalves e foi um sucesso.
Viaja por todo o Interior?
Sim, e também para fora do Rio Grande do Sul, de vez em quando.
Sempre se apresenta sozinha ou com alguma banda?
Sozinha, sempre.
E sem o acordeom... O instrumento te faz falta?
Muita. Sinto como se tivessem tirado um pedaço de mim. Toco desde os sete anos, é o companheiro de uma vida. Mas tenho esperança de voltar a tocar, faço fisioterapia... Minha voz está firme. E tenho meu pen drive. Não há dúvida de que o povo também sente falta, mas acho que todos entendem.
Veja vídeo com trechos da entrevista:
O repertório de seus shows costuma incluir músicas antigas ou fica restrito às canções religiosas?
Canto algumas antigas, sim. As pessoas pedem muito, gostam de lembrar. É que fizemos um trabalho artístico incrível, que vai ficar marcado para sempre, o Teixeirinha, com sua capacidade de levar a música gaúcha a todos os lados, e sua eterna companheira, Mary Teresinha. Aquilo ali não vai se repetir de novo, podem passar mil anos.
Passados tantos anos, como é, para você, lembrar de tudo o que houve?
Sei que houve muita controvérsia, muita gente entendendo errado, fofocas, mas isso tudo é normal em se tratando de artistas tão populares. As coisas foram como tinham que ter sido, seguindo a vontade de Deus. Hoje, olho para trás e só vejo que foi tudo maravilhoso. Nosso trabalho foi maravilhoso.
Sua conversão religiosa já completou 18 anos. O quanto sua vida mudou nesse período?
Hoje me sinto muito feliz. Não estou nessa porque precisava me recuperar de maus-tratos, do uso de drogas, de bebida, não, nunca fui disto. Minha conversão se deu porque esse era o caminho para a minha felicidade, só isso. É verdade que sofri muito. Quem via aquela menina bonita não fazia ideia. Eu só era feliz nos palcos. Agora, pelo contrário, sou feliz sempre. Sou uma das mulheres mais felizes do mundo.