Juliana Bublitz
A memória coletiva do golpe de 1964 é feita de silêncios. Só agora, passados 50 anos da aliança civil-militar que alterou os rumos do país, o cenário começa a mudar. Ex-guerrilheiro e hoje professor titular de História Contemporânea da Universidade Federal Fluminense (UFF), Daniel Aarão Reis, um dos principais intelectuais a se debruçar sobre esse tema, está lançando Ditadura e Democracia no Brasil (Jorge Zahar, 196 páginas, R$ 44,90). Para ele, ao fim da ditadura, a sociedade brasileira optou por valorizar versões apaziguadoras, nas quais todos (ou quase todos) puderam encontrar um lugar cômodo em uma história cheia de incômodos.
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