Personagens de ópera não sentem calor. Nem frio. As histórias sempre se passam num 21 graus inespecífico. Nas óperas de Verdi, ninguém se queixa da temperatura e nem dá sinais de desconforto, quer as histórias se passem em Tebas ou em Boston, no Peru ou na Babilônia. Às vezes, é crucial saber se há nuvens no céu, se é noite ou se é dia, até saber a hora exata é importante. Mas reclamar do frio? Ou do calor? Não seria elegante. Personagens de ópera não fazem isso, a não ser em óperas de Puccini, mas aí a coisa tem mais a ver com a simbologia do inverno do amor, das geleiras das paixões como cantaria Elis, do que propriamente com alguma preocupação meteorológica dessas que nos têm preocupado nos dias que correm.
Sonoridades
Celso Loureiro Chaves: Calor
Nas óperas de Verdi, ninguém se queixa da temperatura e nem dá sinais de desconforto, quer as histórias se passem em Tebas ou em Boston, no Peru ou na Babilônia