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Com mais de um dezena de títulos lançados, entre romances, contos e peças de teatro, o escritor chileno Antonio Skármeta não perdeu seu ímpeto criativo. Aos 73 anos, o autor de O Carteiro e o Poeta aposta nas parcerias como modo de se renovar. Skármeta volta ao Estado para lançar o resultado de mais um encontro criativo: a antologia Nem Te Conto II, que terá sessões de autógrafos nesta terça-feira em Porto Alegre e quarta-feira em Santa Cruz do Sul, em eventos para convidados.
Nesta segunda-feira, às 19h, ele ainda abre espaço na sua agenda para a 59ª Feira do Livro, na qual participa de encontro sobre seu aclamado romance O Dia em que a Poesia Derrotou um Ditador, no Santander Cultural. A ideia é que o livro seja ponto de partida para discutir a história recente do Chile.
Em sua relação com o Brasil, Skármeta estabeleceu parcerias que transcendem os limites do texto escrito, sendo Santa Cruz do Sul um ponto de convergência afetivo e criativo:
- Tenho projetos de literatura, música e cinema no Brasil, todos iniciados em Santa Cruz do Sul. Estive lá no ano passado, quando fui patrono da Feira do Livro da cidade. Gostei tanto que surgiram amizades e parcerias - conta o autor por telefone, de sua residência, em Santiago do Chile.
O conto Oktoberlied, presente na antologia Nem Te Conto II, organizada por Romar Rudolfo Beling e Rudinei Kopp com promoção da JTI (Japan Tobacco International), foi o primeiro trabalho mais aprofundado de Skármeta no Rio Grande do Sul. O segundo encontro criativo se deu com o músico santa-cruzense Killy Freitas. Parceiro ocasional de compositores como Toquinho e Roberto Menescal, o escritor chileno assinará pela primeira vez um álbum completo de canções.
- Conheci Skármeta na Feira em Santa Cruz, musiquei um poema dele, e seguimos trocando e-mails e compondo à distância - conta Freitas, indicado na categoria Revelação no Açorianos de Música de 2011 pelo disco instrumental D'Alma.
O álbum ainda não tem nome, mas sua previsão de lançamento é 2014. Com uma versão cinematográfica de O Carteiro e o Poeta indicada a cinco Oscar, em 1996, e No, inspirado em sua peça Referendum, concorrendo a melhor filme estrangeiro em 2013, Skármeta ainda sonhava em ver um texto seu virar filme em terras brasileiras. Após assistir a O Palhaço, filme pelo qual ficou encantado, entrou em contato com o diretor Selton Mello, oferecendo os direitos do livro Um Pai de Cinema. Selton contou por e-mail a ZH que está trabalhando na elaboração do roteiro em parceria com Marcelo Vindicatto e afirmou que quer usar as paisagens gaúchas como cenário:
- Meu desejo é rodar o filme na Serra, farei visitas a algumas cidades para começar a entender se alguma delas se adequa à historia.