Gaúcho que vive no Rio de Janeiro desde os anos 1950, o artista Fernando Duval passa por um momento de reencontro com o público local. Além de participar da 9ª Bienal do Mercosul, o pelotense lança livro e apresenta uma mostra individual na Capital.
Na Bienal, Duval é um dos artistas incluídos na exposição do Santander Cultural. No segundo andar do prédio da Praça da Alfândega, ele apresenta uma série de ilustrações que, dispostas em um painel horizontal, de dupla face, contam a história de um animal imaginário chamado Bivar.
O trabalho faz parte do livro infantil Bivar - Em Busca de um Animal que Nunca Existiu (Projeto, 40 páginas, R$ 41), escrito e ilustrado pelo artista. A publicação terá lançamento e sessão de autógrafos quarta-feira, no Santander Cultural, às 18h30min. Antes, às 17h, haverá uma visita guiada à exposição com a curadora da Bienal, a mexicana Sofía Hernández Chong Cuy, seguida por bate-papo, às 17h30min, com Duval e o curador Bernardo de Souza.
No livro, a história de Bivar é contada por um professor que faz conferências sobre o animal nunca encontrado, relatando as expedições que tentaram localizá-lo. A partir de um texto criado originalmente em 1967, o artista fez uma série de ilustrações em tinta acrílica sobre papel que estavam guardadas desde 1999. Marcada pelo tom infantil e satírico, a obra é mais uma criação que Duval ambienta em seu universo fantástico. Desde o fim dos anos 1950, o artista desenvolve a história visual e verbal de um lugar chamado Wasthavastahunn, o único continente habitado do planeta Fahadoika, da galáxia Washemin.
Estão também inseridos nesse mundo os trabalhos que Duval apresenta na exposição Wasthavastahunn, em cartaz na Garagem de Arte Stockinger (Rua Luciana de Abreu, 450). Com curadoria de Renato Rosa, a mostra apresenta desenhos e pinturas sobre aspectos geográficos e culturais do mundo imaginário criado pelo artista.