Banda instrumental que surgiu como uma jam session de estúdio entre amigos, a Funkalister resolveu levar adiante seu som baseado na black music dos anos 1960 e 70. Em Vol. 3, o grupo porto-alegrense se assume como uma formação fixa para subir ao palco e encontrar o público.
Desde 2002, a Funkalister vem desenvolvendo um trabalho instrumental baseado na soul music e no funk. O resultado foram dois discos que capturam o groove de performances em estúdio. Agora, com o novo trabalho, a ideia do septeto é marcar uma transição.
- No começo, a banda era uma junção de músicos. O Vol. 2 já foi mais trabalhado, mas a banda ainda não se apresentava em palco. Levamos quatro anos para montar este grupo para tocar ao vivo. Por isso, o disco é como um salto - diz o guitarrista Chico Paixão.
Por salto, entenda-se também a abertura para novas referências. Na primeira música, Voando Alto I, a convidada The Brothers Orchestra faz o grupo soar como uma big band norte-americana dos anos 1940. Já em Coisa de Mister, a Funkalister apresenta pegada de bossa jazz com samba inspirada nas melhores lições de João Donato e Marcos Valle. Da escola brasileira de bons sons, as influências também vêm de Tim Maia, Black Rio e Eumir Deodato.
Nas 12 faixas de Vol. 3, a banda continua seguindo as lições de Parliament-Funkadelic, Stevie Wonder e James Brown, prezando a busca de uma sonoridade orgânica, com forte acento em sopros (trompete, sax, trombone e flauta), pianos elétricos e guitarras. Além de Chico Paixão, completam o grupo Leonardo Boff (teclados), Rodrigo Siervo (saxofones), Mateus Mapa (flauta), Everton Velasques (baixo), Cristiano Bertolucci (bateria) e Felipe Santos (percussão). No dia 22, a Funkalister toca no Auditório da UFCSPA, em Porto Alegre. E em 16 de julho, faz o show oficial de lançamento de Vol. 3 no Teatro Renascença.
Vol. 3
Funkalister
> Black music, independente, 12 faixas, R$ 20 no www.funkalister.com e no (51) 3212-8577
> Cotação: 4 de 5