Depois de 244 anos, a Enciclopédia Britannica não vai mais ser vendida em formato de livro. A empresa que edita a tradicional publicação anunciou nesta terça-feira que desistiu da versão impressa.
Pressionada pela disseminação das informações gratuitas na internet - e principalmente pelo sucesso da Wikipédia - a Britannica deve manter uma versão online dos verbetes, mas a empresa vai ser concentrar em produtos voltados para a área educacional, conforme executivos.
- O fim da edição impressa estava previsto há muito tempo - disse o presidente da Britannica, Jorge Cauz, em entrevista na sede da empresa, em Chicago, nos EUA. - Ao concentrarmos nossos esforços nos meios digitais, podemos expandir ainda mais o número de tópicos e a profundidade com que são tratados, sem as limitações de espaço da edição impressa.
Em um texto publicado no site da Britannica, o principal editor da enciclopédia, Dale Hoiberg, defendeu que a publicação online é vantajosa porque possibilita revisão e atualização permanente. Além disso, lembrou Hoiberg, a internet permite a utilização de vídeos e áudios.
A primeira edição da Britannica foi publicada na Escócia, em 1768. Em 1990, a tiragem chegou a 120 mil conjuntos - cada uma com 32 livros. Até 1996, o número diminuiu três vezes, para 40 mil exemplares.