Gabriel Costa Penna, 18 anos, único filho de Gal Costa, acionou a Justiça de São Paulo para requerer a nulidade de um documento assinado por ele no qual afirmava que Wilma Petrillo, viúva da cantora, vivia com Gal como se elas fossem casadas. Além disso, no documento, Gabriel dizia que considerava Wilma como mãe. As informações, publicadas nesta quinta-feira (22), são do g1.
Essa declaração de Gabriel, assinada por ele em agosto do ano passado, foi determinante para que o Judiciário reconhecesse que Wilma mantinha uma união estável com Gal, o que a colocou na posição de herdeira da artista.
Entretanto, Gabriel diz que escreveu e assinou a carta porque teria sido coagido por Wilma, que morava com ele na época. O jovem afirmou ainda temer por sua segurança física e psicológica. De acordo com ele, as coações começaram depois da morte de Gal, em novembro de 2022.
O juiz da 12ª Vara da Família e Sucessões da cidade de São Paulo, no entanto, não reconheceu o pedido proposto no âmbito da ação de inventário e afirmou que Gabriel deve ingressar com ação própria. Wilma solicitou abertura de inventário e reconhecimento de união estável em janeiro de 2023, alegando que ambas conviveram por cerca de 20 anos.
O que diz Gabriel
Gabriel diz ter sido "submetido por Wilma a ingerir medicamentos de receita controlada, tendo ingressado em estado de tamanho abalo psicológico que teve sua capacidade cognitiva severamente reduzida".
Segundo ele, Wilma lhe fazia ameaças "dizendo que deveria a ela se submeter". Ela teria tentado convencê-lo a assinar "um documento de confissão de dívida e que possuía direito sobre 75% dos bens (de Gal) e que, por mera liberalidade, decidiu dividir os bens em 50% para ela e 50% para o herdeiro". Ela teria dito: "Se você não assinar (a declaração), a gente não recebe o dinheiro e a gente vai passar fome, você não pode fazer isso comigo, não, Gabriel".
Por fim, Gabriel afirma que não testemunhou, desde a infância, indicativos de que Gal e Wilma fossem casadas, ainda que não descarte a possibilidade delas terem se relacionado de forma romântica antes de sua adoção. Diz que considera Wilma sua madrinha e que nutre por ela "grande estima e consideração, apesar de ter consciência da manipulação psicológica e da coação exercida durante os eventos ocorridos".
Procurada pela reportagem do g1, a defesa de Wilma Petrillo não retornou o pedido por posicionamento a respeito do caso.