Em entrevista ao The Wall Street Journal, o vocalista dos Rolling Stones, Mick Jagger, foi questionado sobre a possibilidade de vender o catálogo da banda pós-1971, avaliado em US$ 500 milhões. O artista britânico revelou que, caso efetuasse a venda, priorizaria doar sua parte para instituições de caridade em vez de deixar para os herdeiros.
— As crianças não precisam de US$ 500 milhões para viver bem, convenhamos — disse o artista, acrescentando que a doação para a caridade possa "talvez fazer algo de bom para o mundo".
O astro de 80 anos tem, no total, oito filhos, sendo que a mais velha tem 52 anos e o mais novo, seis. Ele também é pai de Lucas, 24 anos, fruto de um affair com a modelo e apresentadora brasileira Luciana Gimenez.
A produção dos Rolling Stones pós-1971 inclui álbuns marcantes como Sticky Fingers (1971), Exile on Main St. (1972) e It's Only Rock 'n Roll (1974). No momento, Jagger disse que o grupo não tem planos de vender o catálogo, a exemplo de artistas como Bob Dylan, Neil Young e Stevie Nicks.
Direitos autorais
Os Rolling Stones enfrentam problemas pois não detêm os direitos de seu catálogo antes de 1971 – que inclui muitos de seus maiores sucessos, como Satisfaction. A propriedade da produção deste período ficou com o contador que trabalhou com a banda, Allen Klein. Os integrantes receberam milhões de libras em royalties, mas não tanto quanto se fossem donos das músicas.
— A indústria era tão incipiente que não tinha o apoio e a quantidade de pessoas disponíveis para poder aconselhá-lo como fazem agora. Mas, você sabe, isso ainda acontece… veja o que aconteceu com Taylor Swift — mencionou o britânico, referindo-se ao problema que a cantora teve com os direitos autorais de seus álbuns.
No começo de setembro, os Rolling Stones anunciaram para 20 de outubro o lançamento do álbum Hackney Diamonds, primeiro trabalho completamente inédito desde 2005, e que já tem confirmadas parcerias com Lady Gaga, Stevie Wonder, Paul McCartney, Elton John e Bill Wyman.