A tutela de Britney Spears pode ter acabado, mas a artista segue investigando seus ex-tutores. Em documentos divulgados na terça-feira (5) pelo portal Page Six, a defesa da cantora apresenta e-mails que revelam que a ex-empresária dela, Lou Taylor, planejou a conservadoria junto com o pai de Britney, Jamie — em declarações anteriores, a gerente de negócios havia negado envolvimento.
Em processo judicial, a cantora acusa Taylor de ter se beneficiado financeiramente a suas custas. A Tri Star, empresa de Lou, foi contratada por Jamie Spears em 2008 para administrar os negócios de Britney e, segundo a defesa da popstar, teria recebido pelo menos US$ 18 milhões com a conservadoria.
Em um e-mail que data de janeiro de 2008, duas semanas antes de Jamie solicitar a tutela, Lou Taylor se apresenta aos então advogados dele, Geraldine Wyle e Jeryll Cohen, e diz: "Procuro trabalhar com vocês". Minutos depois, ela envia uma mensagem para Jamie para alertá-lo de que havia "falado" com Wyle e Cohen sobre Andrew Wallet, o advogado que ajudaria a administrar o dinheiro de Britney por 11 anos, e que ele e a Tri Star "serviriam como co-conservadores" com Jamie.
Em outro e-mail, Wyle demonstra preocupação em encontrar alguém para presidir o caso, afirmando que "o único juiz" disponível "não daria a Jamie o poder de administrar drogas psicotrópicas" a Britney. Lou envia outra mensagem sugerindo que, se a empresa da cantora pagasse as contas, isso ajudaria nas questões de apresentação do caso ao tribunal.
Um tempo depois, em nova mensagem, Lou discute sobre o fundo com os ativos financeiros e patrimoniais da cantora, relatando uma das sugestões dos advogados de como administrar as despesas de Britney — se elas seriam deduzidas do fundo ou de outras empresas da artista. "Você irá expor o fundo se pagar as despesas de negócios com ele", diz a dona da Tri Star.
Ao Page Six, um advogado da Tri Star, Scott Edelman, disse que os e-mails são "enganosos". "Como todas as evidências deixam bastante claro, a tutela foi criada por recomendação do advogado, não da Tri Star, e aprovado pelo Tribunal há mais de 12 anos. Na verdade, a Tri Star nem era a gerente de negócios da tutela quando ela foi criada (...) Excertos de e-mails escolhidos a dedo não podem mudar os fatos e é por isso que esse absurdo terminará de uma vez por todas quando os registros forem abertos", afirmou.