O grupo sul-coreano de K-pop BTS, um fenômeno mundial, aproveitou uma visita à Casa Branca nesta terça-feira (31), a convite do presidente Joe Biden, para denunciar o racismo contra pessoas de origem asiática nos Estados Unidos.
O cantor Park Ji-min, mais conhecido como Jimin, disse que o grupo está "devastado pela recente onda de crimes de ódio" contra pessoas de ascendência asiática, de acordo com um tradutor. Outro membro, Suga, pediu tolerância.
— Não é errado ser diferente. Creio que a igualdade começa quando nos abrimos e aceitamos todas as nossas diferenças — afirmou Jimin na lotada sala de imprensa da Casa Branca.
Conforme a assessoria do governo americano, Biden convidou o grupo para falar "sobre a inclusão e representação" das pessoas asiáticas, crimes racistas e discriminação contra essa comunidade.
O racismo e a violência contra asiáticos aumentaram nos Estados Unidos, em uma tendência que muitos atribuem às consequências da pandemia de covid-19.
O incidente mais grave ocorreu nos arredores de Atlanta, onde um homem atirou e matou oito pessoas em um spa. Seis delas eram mulheres asiáticas.
A Casa Branca elogiou os membros do BTS como "embaixadores da juventude que espalham uma mensagem de esperança e positividade em todo o mundo". Os integrantes, todos na casa dos 20 anos e que muitas vezes usam brincos e maquiagem, deram voz a uma geração que se sente confortável com a fluidez de gênero. Em 2021, eles registraram uma receita anual recorde de mais de US$ 1 bilhão, graças a seu conteúdo online e à venda de álbuns.
Biden, 79 anos, tem se cercado de jovens celebridades e influenciadores da internet para tentar injetar algum glamour nas mensagens de sua equipe sobre questões sociais e de saúde. Já contou, por exemplo, com a cantora pop Olivia Rodrigo e a banda Jonas Brothers em campanhas para convencer jovens americanos a se vacinarem contra a covid-19.