A cantora Paula Toller lida com tranquilidade com críticas que recebe. Em uma live do pesquisador musical Rodrigo Faour, a ex-vocalista do Kid Abelha comentou os quase 40 anos de carreira e a fama de ser antipática.
— Apanhei muito. Hoje em dia fala-se muito de cancelamento, mas eu sou cancelada pela crítica há décadas. Estou acostumada. Era um massacre, um bullying. Atualmente teria mil nomes para isso. É claro que eu também estava aprendendo. Fazia um monte de coisa que deu certo e um monte de coisa que não deu. Mas eu tinha, sim, a ambição de ser uma compositora, uma cantora, uma artista.
Sobre a carreira musical, Paula disse perseguir "a música perfeita de três minutos". Ela também afirmou que há uma geração "não a conhece muito bem", mas acredita que as pessoas têm curiosidade por seu trabalho.
— Disso eu não abro mão. É o que eu sempre quis fazer desde o princípio. Eu amo cantar e cada vez mais. Graças a Deus minha voz está intacta e tenho saúde vocal. Batalho um bocado por ela. Eu tenho um lugar no mercado — destacou.
Sobre o fim do Kid Abelha, anunciado em 2016, a cantora afirmou que "acabou porque tinha que acabar":
— Tem uma hora que os personagens não cabem mais em você.
Hoje com 58 anos, Paula também aproveitou a oportunidade para falar sobre o quanto a maternidade mudou a sua vida. Ela se considera uma "mãezona" para Gabriel e revelou que os dois passaram a quarentena juntos.
— Com ele, aprendi a ser gente, a ser uma pessoa melhor. Eu nunca imaginei que fosse ser mãe, engraçado. E quando ele nasceu, eu fiquei um ano sem trabalhar, não tinha babá, nunca tive. Eu e Lui criamos por nossa conta. Não me arrependo.