Cantor e compositor do Carnaval carioca, Devani Ferreira, o Tantinho da Mangueira, morreu na noite deste domingo (12), após cair em casa e ser levado ao hospital.
Um dos principais nomes da escola de samba do Rio de Janeiro, ele tinha 72 anos e fazia parte da ala dos compositores da Mangueira desde os 13 anos. Com essa idade, foi apresentado por Dona Neuma, ícone da agremiação, ao cantor e compositor Cartola, com quem fez um samba-enredo.
Filho de integrantes da Mangueira, Tantinho já desfilava desde os cinco anos, geralmente embaixo das saias de baiana da mãe. O músico nasceu e cresceu no Morro de Mangueira, onde conviveu, além de Dona Neuma e Cartola, com nomes como Nelson Cavaquinho, Nelson Sargento e Carlos Cachaça.
Fora da avenida, ele fez parte das históricas rodas de samba do Teatro Opinião, na década de 1970, e do grupo Originais do Samba. Tocou tamborim em gravações de Zé Kétti e Jamelão e fez parte de shows e discos de diversos artistas. Junto a Xangô da Mangueira, Tantinho é compositor de Vem Rompendo o Dia, por exemplo, regravada por Marisa Monte em em 1994.
"É com imensa tristeza que informamos o falecimento de nosso baluarte e grande compositor Tantinho da Mangueira. Uma perda enorme para a Estação Primeira e para o samba", lamentou, em nota, a direção da escola.
Nos vídeos diários que transmite nas redes sociais, a sambista Teresa Cristina fez uma homenagem ao compositor. Outros sambistas e carnavalescos também usaram as redes sociais para lamentar a morte.
"Meu coração está de luto pela perda de um amigo e ídolo", escreveu Mário Lago Filho. "A cultura popular perde um grande artista e uma grande pessoa", disse o vereador carioca Tarcísio Motta (PSOL).