Após se apresentar no Rock in Rio e em São Paulo, o Iron Maiden promete uma noite memorável aos fãs em seu último show da turnê Legacy of the Beast no Brasil. Se depender do público, formado por um mar de admiradores fanáticos trajando camisetas pretas, o evento entrará para a história.
Conforme apurado por GaúchaZH, os primeiros fãs chegaram à Arena na noite de terça-feira (8). No entanto, os espectadores que estavam no início da fila das cadeiras inferiores tiveram uma espera um pouco menor.
Os namorados Lucas Araújo e Kalinka Moraes, ambos de 23 anos, chegaram às 9h50min desta quarta (9) após virem de Caxias do Sul na noite anterior. Os dois enaltecem o vocalista Bruce Dickinson e o baterista Nicko McBrain, principalmente pelo modo como os músicos veem a vida.
— Me considero fã de berço, meu pai Fernando colocava Iron Maiden para tocar desde que eu nasci. Mesmo sendo meu segundo show, é sempre uma chance de agradecer mais de perto por tudo o que representam — conta Lucas, emocionado, sem conseguir dar maiores explicações.
Para o casal de noivos Felipe Gomes, 40, e Cassiana Milanesi, 25, o rock é algo que complementa o relacionamento. Os dois são fãs do estilo desde a infância e, no caso de Felipe, a paixão pelo Iron já foi comprovada pela ida ao show de 2008, no Gigantinho, e à apresentação do British Lion, o projeto de Steve Harris, em 2018.
— O que mantém eles em alta é conseguirem inovar sempre. Os efeitos, a pirotecnia, eles são sempre incríveis — aponta Felipe.
Já na fila da pista, um dos primeiros a entrar madrugou na Arena. Os amigos Fábio Souza, 27, e Igor Almeida, 32, chegaram às 5h desta quarta e garantem que têm poucas lembranças de outros estilos musicais em suas vidas: amam o heavy metal desde a infância, mesmo com os pais sendo fãs de sertanejo e pagode.
— Às vezes, acho que até fui trocado na maternidade (risos) — brinca Fábio. — Se foi algum vizinho, não sei, mas o heavy metal e o Iron Maiden estão na minha vida desde pequeno. Não me lembro direito quando fui cativado por eles.
Fábio e Igor, que moram em Porto Alegre, até já tentaram ter uma banda juntos - a chamada Baquetas Voadoras. Mas a formação não deu muito certo:
— Tocávamos todo tipo de rock, aí quando virou comercial demais e o “mercado nos puxou”, desistimos — diverte-se Igor.
Os dois amigos acreditam que Nicko é um dos destaques do Iron por transpirar carisma e sentirem que “o que ele faz é natural para ele”.
— O que ele faz com uma bateria é o mesmo o que consegue com um violão. Ele tocava até panela, qualquer coisa mesmo, sabe?!? — elogia Igor.
Junto aos porto-alegrenses, lá no início da fila, estava Yuri Pacievitch, 25, de Curitiba. Ele chegou a Porto Alegre na terça-feira para curtir o sexto show do Iron Maiden de sua vida. Ele acredita que o espírito de ir a tantos shows é a magia ao redor da experiência:
— Você conhece pessoas, fica cansado, pensando o porquê de ficar tantas horas ali, mas quando entra no show, vai aumentando a energia. Quando começa a música, acalma tudo e recompensa cada segundo — explica Yuri.
Para o curitibano, o Iron Maiden consegue se destacar por tratar bem de cada temática específica em seus álbuns e esta turnê é histórica pela trajetória dos britânicos:
— Eles conseguiram unir tudo o que viveram até aqui com esse show, então não tem como não ser inesquecível — finaliza.