Há crca de oito anos, começou a surgir em Serginho Moah a vontade de investir na carreira solo. Após mais de 25 anos ao lado de Léo Henkin, Zé Natálio e Fernando Pezão, o vocalista decidiu que era hora de respirar novos ares — numa espécie de volta à base, com direito a shows na noite e apresentações em barzinhos. Nesta quarta-feira (12), um espetáculo especial de Dia dos Namorados, no Opinião, inaugura oficialmente a carreira solo de Serginho Moah.
— Estou flertando com isso há algum tempo. Quando a agenda de shows começou a ficar mais lenta, percebi que não dava mais para protelar — explica o músico, que deve tocar um repertório com alguns de seus maiores sucessos à frente do Papas, além de composições próprias e covers de músicas que gosta.
Estarão lá Eu Sei, Lua Cheia, Vem Pra Cá, além das mais recentes Esperando por Você e Muito Estranho — a versão cheia de romantismo do clássico oitentista consagrado por Dalto que está disponível nas plataformas de streaming e no canal oficial do músico no YouTube. A nova fase, claro, deve render lançamentos em um futuro não tão distante. Moah está planejando um EP, que deve ser lançado ainda em 2019.
Com violão na mão para “tocar o que der na telha”
Após a apresentação romântica desta quarta, o músico deve combinar com seu produtor e com a banda que está tocando no palco com ele — Meco Dutra (baixo), Rodrigo Sorriso (bateria) e Cau Netto (teclados) — seus próximos passos.
— Essa coisa de carreira solo te dá uma liberdade maior. Não necessariamente a liberdade de não precisar lidar com uma banda, mas a liberdade de fazer o que se quiser. Neste show, por exemplo, em determinado momento, vou pegar o violão e tocar algumas coisas que me derem na telha — revela.
Em uma espécie de interregno, o Papas da Língua não é uma banda extinta: ainda que não estejam em turnê, os membros restantes não anunciaram oficialmente o fim do grupo. E mesmo Moah não descarta um possível retorno.
De acordo com o cantor, o fato é que as mudanças no mundo da música pop e no mercado fonográfico dificultaram bandas do tamanho do Papas — grandes regionalmente, mas sem a projeção nacional de astros como Lulu Santos e Paralamas do Sucesso — de prosperar.
— É uma banda que tem um belo repertório e uma excelência técnica. Não houve um “vamos terminar” — revela Moah .
Serginho Moah
- Quarta-feira (12), às 22h, no Opinião (Rua José do Patrocínio, 834)
- Ingressos: R$ 45 (solidário, em primeiro lote, mediante doação de 1kg de alimento).
- Pontos de venda: lojas Multisom Andradas 1.001, Multisom Praia de Belas e Multisom Barra Shopping Sul, Lojas Verse Andradas 1.444 e Shopping Lindoia (com taxa) ou na loja Multisom Iguatemi (sem taxa) ou pelo site sympla.com.br/opinião