A ministra israelense da Cultura, Miri Regev, considerou, neste domingo (19), um erro os dançarinos de Madonna exibirem bandeiras palestinas nas costas durante sua apresentação na final do concurso Eurovision.
– Foi um erro, não se pode misturar política com um evento cultural, com todo o respeito que devo a Madonna – disse Regev ao conselho semanal de ministros.
A ministra, que não compareceu à final do Eurovision no sábado (18), em Tel Aviv, criticou o órgão de radiodifusão israelense Kan que, segundo ela, falhou em sua missão ao permitir que as bandeiras palestinas aparecessem na transmissão.
A estrela pop resistiu aos pedidos de boicote lançados por ativistas pró-palestinos, que denunciaram um ato cultural cujo objetivo, segundo eles, era esconder a realidade do conflito entre israelenses e palestinos.
– Nunca devemos subestimar o poder da música para unir as pessoas – disse Madonna antes de sua apresentação aos apresentadores que perguntaram a ela sobre a mensagem que gostaria de transmitir.
Não se sabe se Madonna sabia que alguns de seus dançarinos iriam subir ao palco com bandeiras israelenses e palestinas. Além disso, durante o anúncio dos resultados, os membros do grupo islandês Hatari, conhecido por sua oposição à ocupação israelense dos territórios palestinos, exibiram bandeiras palestinas, provocando vaias da plateia.
O holandês Duncan Laurence foi o vencedor do 64º Festival Eurovision com a balada Arcade, dando ao seu país uma primeira vitória em 44 anos.