A identidade de um festival é formada pelos artistas que ali se apresentam. Neste sentido, a cara do Planeta Atlântida confunde-se com a de algumas das principais bandas nacionais em atividade dos anos 1990 para cá, como O Rappa. A um mês da 23ª edição do evento, o grupo, um dos mais presentes na trajetória do Planeta, prepara-se para dar adeus ao gigantesco palco erguido anualmente no Litoral Norte.
Formado em 1993, no Rio de Janeiro, a banda liderada pelo vocalista Falcão fez sua estreia no festival na quinta edição, em 2000. Agora, O Rappa chega ao festival na reta final da sua turnê de despedida – ou, como seus integrantes anunciaram no ano que passou, "uma pausa sem previsão de retorno", a partir de fevereiro.
A banda é a atração recordista de presenças no Planeta Atlântida, com 14 shows realizados. E é com muito orgulho que o guitarrista Xandão, em entrevista a Zero Hora, recorda essa trajetória:
– Como músico, fico muito feliz em ter essa história. Acho que a gente foi parceiro de grandes artistas. Tocamos com artistas maravilhosos, como Paralamas do Sucesso, Lulu Santos, Raimundos. A gente podia ficar muito tempo falando de bandas boas. Fico feliz de ter feito parte disso tudo.
Representante de uma "banda de discurso", como define, Xandão recusa a ideia de que o rock esteja prestes a acabar. Vê com naturalidade a nova fase vivida pelos festivais musicais brasileiros. Antes hegemônico em eventos deste porte, o rock teve de se acostumar a dividir espaço com gêneros como funk, rap e sertanejo – Anitta, Pabllo Vittar, Simone & Simaria e Luan Santana também são destaques na edição 2018 do Planeta Atlântida.
– O festival é feito para o público e pelo público, é a vontade popular. Acho que isso é mais do que natural. É democrático. Mas acho que o rock sempre vai existir e nunca vai morrer. Para mim, é uma coisa cíclica. Ver o funk hoje explodindo é uma coisa relevante, uma música popular que as gravadoras jamais apostariam, e os caras chegaram lá – afirma Xandão.
Os fãs que forem à sede campestre da Saba dar adeus – ou até logo – ao Rappa, em fevereiro, podem ficar tranquilos, pois devem marcar presença no repertório da banda hits como Pescador de Ilusões, Me Deixa, Minha Alma e Reza Vela.
– A gente tá fazendo a tour do (disco) acústico, mas em festival, principalmente por ser a reta final, misturamos tudo. Então, deve entrar no setlist um apanhado de tudo que a gente fez na carreira – adianta Xandão.
Jota Quest é outra banda recordista no festival
Mesmo com nomes populares da nova geração fazendo sua estreia no Planeta de 2018, a identidade sonora do festival, criada com a ajuda d'O Rappa, segue preservada com a participação de outras atrações também muito acostumadas com a atmosfera do maior evento da música no sul do Brasil.
Segundo no ranking de participações no Planeta Atlântida, com 13 shows, os mineiros do Jota Quest têm presença garantida depois de dois anos de ausência. E a música produzida no Estado também está assegurada. A começar pela tradicional execução do hino rio-grandense na voz de Neto Fagundes, que pela 11ª vez consecutiva será responsável pela cerimônia de abertura do palco principal. O reggae e as boas vibrações de Armandinho também estão de volta, pela 12ª oportunidade. Com nove participações cada, Papas da Língua e Comunidade Nin-Jitsu encerram o time dos veteranos da grande festa planetária.
Planeta Atlântida 2018
- 2 e 3 de fevereiro (sexta e sábado), na Saba (Avenida Interbalneários, 413 – Praia de Atlântida – Rio Grande do Sul).
- Classificação indicativa: sujeito a classificação indicativa.
- Ingressos inteiros 2º lote: R$ 240 (arena individual), R$ 360 (arena passaporte), R$ 430 (camarote individual) e R$ 670 (camarote passaporte).
- Ingressos meia-entrada 6º lote de arena e 5º lote de camarote*: R$ 210 (arena individual), R$ 270 (arena passaporte),R$ 325 (camarote individual) e R$ 530 (camarote passaporte). Ingressos Clube do Assinante 2º lote: R$ 220 (arena individual),R$ 335(arena passaporte), R$ 400 (camarote individual) e R$ 620 (camarote passaporte).
- Pontos de venda sem taxas: Porto Alegre – Renner do Shopping Iguatemi Porto Alegre (Av. João Wallig, 1.800,de segunda a sábado, das 10h às 22h, e domingos e feriados, das 13h às 21h) e Renner da Otávio Rocha (Av. Otávio Rocha, 184,de segunda a sexta, das 8h30 às 20h,e sábado, das 8h30 às 19h). Novo Hamburgo – Renner do Bourbon Shopping Novo Hamburgo (Rua Nações Unidas, 2.001, de segunda a sábado, das 10h às 22h, e domingos e feriados, das 13h às 20h). Caxias do Sul – Renner do San Pelegrino (Av. Rio Branco, 425, de segunda a sábado, das 10h às 22h,e domingos e feriados, das 14h às 20h). Capão da Canoa – Renner (Av. Paraguassú, 2.172, de segunda a sábado, das 9h às 21h, e domingos e feriados, das 12h às 21h).
- Ponto de venda com taxas: pelo site planetaatlantida.com.br.
- Meia-entrada válida para idosos, estudantes, pessoas com deficiência e acompanhantes e jovens pertencentes a famílias de baixa renda.
- A partir de 9 de janeiro, a venda começa em Santa Maria e no shopping Praia de Belas de Porto Alegre. Mais informações no site planetaatlantida.com.br.